Política

Comissão do Senado aprova convite para ouvir Campos Neto sobre taxa de juros

14 mar 2023, 10:28 - atualizado em 14 mar 2023, 10:28
Roberto Campos Neto taxa de juros
A CAE do Senado aprovou convite para o presidente do BC, Roberto Campos Neto, falar sobre o nível das taxas de juros no país (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira convite para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falar em 4 de abril sobre o nível das taxas de juros no país, em meio a críticas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à conduta da política monetária.

A proposta de chamar Campos Neto para falar ao Congresso foi feita pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), eleito na semana passada como presidente da CAE. Na segunda-feira, três fontes com conhecimento do assunto já haviam previsto à Reuters a aprovação do convite.

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A medida de Cardoso foi vista como uma forma de coordenar uma discussão que surgiria naturalmente da postura de Lula e da pressão política do PT, cujo diretório nacional aprovou em fevereiro uma proposta de convocação de Campos Neto ao Congresso para explicar a política monetária.

Desde a posse em janeiro, Lula tem criticado repetidamente o nível dos juros no país, atualmente em 13,75%, e o sistema de metas para a inflação, o que gerou grandes turbulências no mercado financeiro no mês passado. O petista tem alertado para uma iminente crise de crédito diante de um cenário que diz ser prejudicial ao crescimento econômico.

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem argumentado que o esforço do governo para mostrar responsabilidade fiscal oferece ao BC uma abertura para cortar os juros. Ele reafirmou na véspera que deve apresentar o novo desenho de arcabouço fiscal do país para Lula esta semana.

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou que o BC avalia que a revisão do arcabouço fiscal do país diminui a visibilidade sobre as contas públicas e impacta as expectativas de inflação.

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reuters@moneytimes.com.br
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