Comissão de Infraestrutura é instalada e elege Dário Berger presidente
A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado foi instalada nesta quinta-feira (24). O senador Dário Berger (MDB-SC) foi eleito presidente desse colegiado até 2023.
Para o cargo de vice-presidente, foi eleito o senador Jayme Campos (DEM-MT). A comissão é formada por 23 senadores como membros titulares e 23 senadores como suplentes.
— O nosso trabalho será extremamente desafiador, tendo em vista que uma das principais travas do nosso desenvolvimento está relacionada fundamentalmente à logística e à infraestrutura. No ranking global de competitividade do Fórum Econômico Mundial, que avalia a infraestrutura em 140 países, nós estamos em 71º lugar. Temos um longo caminho a percorrer e muitos obstáculos e barreiras a enfrentar — afirmou o novo presidente da CI.
Para Dário Berger, uma das soluções cabíveis para os problemas de infraestrutura do país é o desenvolvimento de um pacto nacional de desenvolvimento, de forma a unir esforços de “todas as correntes políticas em nome do crescimento econômico sustentado”.
— Menos de 30% das nossas rodovias federais estão em perfeitas, ótimas ou boas condições. Então, olhem só o desafio que nós temos pela frente. E esses são apenas alguns dos enormes gargalos encontrados em cada estado brasileiro. Esses problemas, que não são de hoje, travam a competitividade brasileira e atrapalham o nosso crescimento econômico — argumentou.
Jayme Campos, por sua vez, destacou os entraves relacionados à mobilidade urbana. Ele disse que diversas estradas privatizadas se encontram em condições desfavoráveis e cobrou providências do governo federal em relação às concessões.
— Quando se fala em infraestrutura, não são só estradas, rodovias, portos, hidrovias, ferrovias, mas toda a questão da mobilidade urbana em toda a sociedade brasileira. O Brasil cresceu, sua população é de cerca de 200 milhões de habitantes. Temos hoje um sistema viário praticamente estrangulado na maioria das cidades brasileiras — observou o novo vice-presidente da CI.
Como exemplo dos problemas estruturais enfrentados pelo país, Jayme Campos lembrou o fechamento da empresa Ford na Bahia por “não ver nenhuma perspectiva em relação à mobilidade urbana no Brasil”.
— Nós vamos chegar a um determinado momento em que não vai haver vias e ruas para se andar neste país — alertou.