Justiça

Comissão avalia interferência da Abin em investigação da Polícia Federal contra filho de Bolsonaro

17 nov 2022, 19:05 - atualizado em 17 nov 2022, 19:05
Policia Federal
A dupla seria suspeita de abrir as portas do governo para um empresário interessado em receber recursos públicos (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle recebe nesta terça-feira (22) o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, para prestar esclarecimentos acerca das interferências, por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em investigação conduzida pela Polícia Federal envolvendo Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente da República.

Segundo o deputado Ivan Valente (Psol-SP), que pediu a audiência, reportagem do jornal O Globo, de 30 de agosto, destaca que a Polícia Federal afirmou em um relatório que a Abin atrapalhou o andamento de uma investigação envolvendo Jair Renan Bolsonaro.

“Integrante do órgão, flagrado numa operação, admitiu em depoimento que
recebeu a missão de levantar informações de um episódio relacionado a Jair
Renan, sob apuração de um inquérito da PF. Segundo o espião, o objetivo era
prevenir ‘riscos à imagem’ do chefe do Poder Executivo”, observou o deputado.

A operação da Abin ocorreu em 16 de março do ano passado, quatro dias após o filho do presidente e o seu preparador físico Allan Lucena se tornarem alvos de uma investigação.

A dupla seria suspeita de abrir as portas do governo para um empresário interessado em receber recursos públicos.

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