Economia

Combustíveis: Veja como alta da gasolina vai impactar a inflação; diesel pode ser o próximo

24 jan 2023, 14:30 - atualizado em 24 jan 2023, 14:30
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Petrobras anunciou alta de mais de 7% no litro da gasolina. Diesel também pode passar por reajuste. (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)

A Petrobras (PETR3PETR4) anunciou o primeiro reajuste nos combustíveis do ano. A partir de amanhã (25), preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro.

A alta de 7,46% na gasolina foi um movimento técnico da companhia, uma vez que o Centro Brasileiro de Infraestrutura e Energia (CBIE) e a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontavam para uma defasagem de aproximadamente 15% nos preços do combustível.

A expectativa é de que o reajuste seja já sentido na inflação. Os cálculos de Andréa Angelo, economista-chefe especialista em Inflação da Warren Renascença, apontam para um adicional 0,24 pontos percentuais ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023.

O Santander também estima que IPCA de 2023 tem viés de alta após o IPCA-15 de janeiro, que registrou +0,55%, e a atual alta da gasolina.

Mais altas nos combustíveis pela frente

Os analistas da Ativa Investimentos projetam que novos reajustes devem ser promovidos pela Petrobras.

“O diesel também pode ser alvo de aumentos para frente. Lembremos que em fevereiro começam a valer as sanções aos derivados russos”, afirma. “Com a retomada da economia chinesa, a Europa pode ter problemas de fornecimento, uma vez que os países asiáticos podem se mostrar incapazes de atender ao que o Velho Continente precisa. Ademais, com os níveis de estoques de destilados abaixo da média dos últimos cinco anos nos EUA, nossa visão é altista para o diesel também”.

Vale destacar que os altos cargos na Petrobras atualmente ainda são ocupados pelos mesmos membros de 2022. O novo governo ainda não realizou as trocas. Ou seja: não foi a nova gestão que tomou esta decisão.

“Continuamos achando que a nova gestão, em conjunto com a ANP, formatará uma nova política de preços de derivados e possivelmente, a Petrobras e seu acionista majoritário se aprofundarão nos estudos para criação de um fundo de estabilização para momentos onde a volatilidade do barril for elevada. A grande dúvida atualmente é quanto à origem dos recursos para este fundo, dado o estágio do quadro fiscal brasileiro”, diz a Ativa.

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