Combustíveis: O que o mercado pode esperar das distribuidoras? Depende da Petrobras (PETR4)
Com o petróleo atingindo máximas em anos, o mercado está de olho em qualquer mudança que possa ser anunciada no setor de distribuição de combustíveis.
Para o UBS BB, o impacto para as distribuidoras Ultrapar (UGPA3), Cosan (CSAN3) e Vibra Energia (VBBR3) de aumento nos preços deve ser neutro. A instituição destaca, no entanto, que, como os preços dos combustíveis já estavam altos, o mercado pôde ver alguma elasticidade na demanda.
O que pesa agora é saber os próximos movimentos da Petrobras (PETR3;PETR4). Segundo o UBS BB, como a estatal vai avançar com sua estratégia é uma “variável-chave na equação”.
De acordo com os analistas, se a petroleira decidir manter os preços ligeiramente abaixo da paridade de importação, deixando as distribuidoras de combustíveis para importar volumes para o Brasil, as empresas poderão ter margens sólidas como no quarto trimestre do ano passado.
Se a Petrobras optar por importar combustíveis, as companhias também poderiam se beneficiar da diferenciação contínua nos contratos, ainda que em menor escala, avalia a equipe de análise.
“Provavelmente teremos mais clareza sobre a situação nas próximas semanas, à medida que as cotas para o próximo mês de entregas forem definidas”, afirmam Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos, em relatório divulgado nesta segunda-feira (7).
O UBS BB lembra que o setor de distribuição de combustíveis é um dos mais expostos à economia brasileira, com perspectivas fracas para 2022 antes mesmo de considerar o ambiente geopolítico.