Combustíveis: Como se proteger de fraudes nos postos de gasolina?

Abastecer o tanque tem se tornado um momento cada vez pior para os motoristas, que precisam lidar com o alto preço dos combustíveis. Contudo, esse não é o único ponto em que o consumidor precisa se atentar.

Além da preocupação em torno dos preços, o consumidor também tem de ficar em alerta quanto as fraudes nos postos de gasolina.

O Instituto Combustível Legal (ICL) listou as fraudes mais comuns que os motoristas estão sujeitos, sendo: bomba fraudada, combustível batizado ou adulterado, excesso de álcool na gasolina e postos piratas.

Combustíveis: Quais são as fraudes e como se proteger?

A bomba fraudada ocorre quando a quantidade de combustível no visor é maior do que a quantidade que chega ao tanque. Dessa forma, o consumidor leva menos do que pagou.

No caso do combustível batizado ou adulterado, os combustíveis são misturados com outras substâncias químicas. O instituto alerta que isso pode prejudicar o motor do carro e, dependendo do produto adicionado, os efeitos também podem prejudicar a saúde do motorista, que irá inalar aquele produto tóxico.

Em relação ao excesso de álcool na gasolina, isso se traduz em perda de eficiência energética. Ou seja, menos quilômetros rodados por litro. Atualmente, o teor de etanol misturado à gasolina é de 27% para a comum e aditivada e 25% para a premium. Nesse caso, os fraudadores colocam um percentual maior de álcool do que o permitido, pagando menos impostos.

Já no último caso, os postos piratas imitam uma marca conhecida, copiando cores das instalações, dos uniformes e crachás dos funcionários, além de outros elementos. Esses fraudadores enganam os consumidores, que acreditam estar entrando em um estabelecimento confiável. Contudo, os produtos vendidos muitas vezes não possuem procedência.

Para evitar cair nas fraudes mais comuns, o presidente do ICL, Emerson Kapaz, explica que é fundamental o consumidor frequentar postos de sua confiança e, de preferência, com bandeiras reconhecidas.

Além disso, é importante checar os postos que possuam iniciativas próprias adicionais de qualidade e garantia para os consumidores. Kapaz menciona que, se os postos oferecerem preços muito abaixo dos praticados na região, é preciso desconfiar, pois “isso, normalmente, é indicação de que pode haver algo errado”, explica.

Passos práticos

A principal orientação do instituto é exigir a nota fiscal sempre que passar por algum posto, pois só com ela o consumidor conseguirá denunciar.

Nesse sentido, o presidente do ICL diz que a nota fiscal é importante para fazer a denúncia porque ela é o comprovante do abastecimento e o posto é obrigado a fornecê-la.

“A emissão da nota também contribui para combater os crimes de sonegação fiscal. Atualmente, o Brasil deixa de arrecadar R$ 14 bilhões por ano em pagamento de impostos no setor de combustíveis por conta de sonegação e inadimplência, ou seja, dinheiro que poderia estar sendo investido em saúde, segurança e educação”, afirma.