Economia

Combustíveis: ‘A decisão é de cada posto’, diz presidente do sindicato sobre aumento dos preços

11 mar 2022, 16:33 - atualizado em 11 mar 2022, 17:25
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(Imagem: Nazanin Tabatabaee/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS)

José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), diz o anúncio de reajuste do preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras (PETR4) ontem foi “um susto” para os donos dos postos de combustíveis.

“Foi um susto, tanto quanto foi para o consumidor. Ninguém esperava que fosse esse valor, que foi muito alto. A gente realmente foi pego de surpresa. Não pelo aumento, porque todo muito sabia que ia ter, mas pelo valor”, disse ao Money Times.

Os aumentos começaram a valer nesta sexta-feira (11) e, por isso, na noite de ontem, os carros correram para os postos para encher o tanque enquanto o preço ainda não estava reajustado. Segundo Gouveia, o movimento praticamente dobrou.

O Procon-SP chegou a emitir um comunicado orientando os consumidores a denunciarem postos de combustíveis que houvessem reajustado seus preços antes da hora.

Petrobras anunciou ontem o aumento nos preços do diesel em cerca de 25% em suas refinarias e o da gasolina em quase 19%, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia.

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Repasse dos postos

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) atualiza semanalmente os preços dos combustíveis no país. Os dados consolidados após o reajuste devem sair entre o final de semana e a segunda-feira (14).

Ainda assim, já é possível ter uma ideia de quanto as altas vão pesar no bolso do consumidor. Durante esta sexta-feira (11), “R$ 8,00” estava nos Trending Topics do Twitter, entre os assuntos mais falados, uma referência ao novo valor do litro do preço da gasolina.

Nem todos os postos vão, necessariamente, repassar o valor da alta integralmente para a bomba, por isso os valores variam de local para local. Gouveia diz que a alta é de R$ 0,45 na gasolina e de R$ 0,81 no diesel.

“É uma decisão independente de cada posto, o sindicato não tem um posicionamento sobre isso, cada um resolve a sua vida. A gasolina subiu R$ 0,45 e o diesel subiu R$ 0,81. Isso é o número que ele [dono do posto] tem”.