Com Vale retomando operações, rali do minério de ferro está ameaçado
Pelo segundo dia consecutivo, os contratos futuros do minério de ferro encerram a sessão desta quarta-feira com forte desvalorização na bolsa de mercadorias de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento em setembro, caiu 3,87% para 621,00 iuanes por tonelada, o que representa uma variação diária de 25 iuanes.
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No radar dos investidores globais está a retomada das operações da mina de Brucutu,a maior da empresa em Minas Gerais, mesmo com rivais australianos tendo reduzido previsões de produção no ano. A mina, com uma capacidade anual de 30 milhões de toneladas, estava fechada desde o início de fevereiro, após o rompimento de uma barragem da Vale (VALE3) em Brumadinho (MG) que deixou quase 300 mortos e desaparecidos.
O dia também foi negativo para os principais papéis do vergalhão de aço, que tem sua negociação na bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato mais líquido, para outubro, perdeu 7 iuanes para 3.713 iuanes por tonelada, enquanto o de maio, segundo mais negociado, somou 13 iuanes a 4.163 iuanes por tonelada.
O índice acionário de Xangai atingiu a máxima de fechamento de 13 meses nesta quarta-feira, uma vez que dados inesperadamente firmes indicaram recuperação da segunda maior economia do mundo.
A economia da China repetiu no primeiro trimestre a taxa de crescimento de 6,4 por cento sobre o ano anterior, desafiando expectativas de uma desaceleração, uma vez que a produção industrial saltou com força e a demanda do consumidor mostrou sinais de melhora.
“Acreditamos que ainda há pressão econômica de baixa no segundo trimestre, embora o mercado acionário vá refletir seletivamente fatores positivos em meio ao ‘sentimento baixista’, já que os ganhos por enquanto são mais direcionados pelas expectativas de recuperação econômica do que por dados reais confirmando a melhora”, disse o CITIC Securities em nota.