Com Unesc, Ser mostra que também pode competir em segmento de educação médica
A Ser Educacional (SEER3) mostrou com a aquisição da Unesc que, assim como os pares, pode competir no segmento de educação médica. Por meio de sua subsidiária Cenesup, a companhia comprou a universidade localizada em Rondônia por R$ 120 milhões, valor que pode aumentar até R$ 55 milhões com a aprovação de novas vagas de medicina.
A Ser pagará R$ 70 milhões na data de fechamento da operação. O valor restante, de R$ 50 milhões, será quitado em quatro parcelas anuais sucessivas, corrigidas pelo IPCA.
De acordo com o BTG Pactual (BPAC11), essa aquisição não é o suficiente para realmente fazer alguma diferença na participação da Ser em cursos de medicina. No entanto, a compra da Unesc complementa outra pequena aquisição que a companhia realizou neste ano. Em agosto, a Ser informou que adquiriu a Facimed, também de Rondônia e com alta exposição ao segmento de educação médica, por R$ 100 milhões.
Na opinião dos analistas Samuel Alves e Yan Cesquim, mais aquisições como essas podem gerar potencial de valorização à empresa.
No caso da Unesc, Alves e Cesquim destacaram o portfólio de cursos abrangente da instituição, com atuação nas principais cidades de Rondônia. Além dos 50 assentos em cursos de medicina (excluindo FIES e ProUni), a universidade oferece cursos de psicologia, enfermagem, farmácias, fisioterapia e nutrição, além de engenharia e direito.
O BTG manteve a recomendação neutra para a ação da Ser, com preço-alvo em 12 meses de R$ 16. A cautela continua porque os analistas enxergam um cenário ainda desafiador para o core business da companhia. Além disso, a Ser possui a diversificação de receitas menos atrativa dentre as empresas da cobertura no setor.