Com tombo de 40%, MRV (MRVE3) já perdeu uma C&A em 2024 e vira quarta do setor

Após o tombo de 9,46% das ações, cotadas a R$ 6,70 – menor valor desde janeiro de 2023 -, a MRV&Co (MRVE3) perdeu R$ 394 milhões em valor de mercado (market cap) no pregão desta quinta-feira (08).

A forte queda dos papéis da construtora e incorporadora na B3 foi reflexo de mais cortes no preço-alvo, além da recomendação, promovidos por dois importantes bancos.

Em 28 pregões no ano, a MRVE3 já soma perdas de 40,3%. As ações subiram em apenas dez desse total de sessões. Enquanto o índice Ibovespa (Ibov) recua menos de 4% no ano.

Segundo o consultor da Elos Ayta Consultoria, Einar Rivero, o market cap da empresa de construção civil caiu 40% em 2024, passando de R$ 6,31 bilhões ao fim de 2023 para R$ 3,77 bilhões, cifras alcançadas hoje.

Sendo assim, a companhia perdeu R$ 2,5 bilhões em 2024, exatamente o valor de mercado da varejista de moda C&A (CEAB3).

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MRV fecha G4 da construção civil

Rivero observa que com as perdas do dia, a MRV cai para o quarto lugar em valor de mercado entre as construtoras e incorporadas listadas na Bolsa.

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Com isso, a empresa mineira fica atrás de Cyrela (CYRE3) – R$ 8,5 bilhões; Cury (CURY3) – R$ 5,5 bilhões; e Direcional (DIRR3) – R$ 3,82 bilhões.

“Em 11 de janeiro [quando despencou mais de 11%], a MRV perdeu a segunda posição para a Cury. No pregão de hoje, perdeu para a Direcional”, explica Rivero.

Bancos estão pessimistas com MRV

A forte desvalorização nesta quinta-feira foi em reação aos cortes no preço-alvo promovidos pelo banco Safra e UBS BB. O UBS BB ainda cortou a recomendação de compra para neutra. Leia aqui.

As instituições financeiras estão pessimistas com a estrutura financeira da companhia e o fluxo de caixa. O balanço financeiro da companhia será divulgado no dia 29.

No mês passado, a MRV divulgou sua prévia operacional do quarto trimestre e o consolidado de 2023. Os números levaram o Santander, Bradesco BBI e o Itaú BBA a revisar para baixo o preço-alvo.