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Com shoppings em recuperação, BTG indica ação ‘incrivelmente atraente’ do setor

12 jun 2022, 10:01 - atualizado em 12 jun 2022, 10:01
Iguatemi
Analistas do banco estão positivos com as operadoras brasileiras de shopping centers (Imagem: Divulgação)

O BTG Pactual (BPAC11) tem uma visão positiva para as operadoras brasileiras de shopping centers.

Devido à queda no número de casos de Covid-19 nos últimos meses, as vendas dos shoppings começaram a mostrar sinais consistentes de recuperação , sendo que os aluguéis estão mais altos que os níveis pré-coronavírus em termos reais, destacam os analistas Gustavo Cambauva, Elvis Credendio, Bruno Tomazetto e Luis Mollo, em relatório divulgado na última quinta-feira (9).

Na avaliação do banco, agora é um bom momento para voltar a olhar para as ações do setor.

“As taxas de juros mais altas impediram a recuperação das ações, criando uma boa oportunidade de compra, em nossa opinião”, destaca o time de análise.

De acordo com o BTG, os papéis da Iguatemi (IGTI11), negociados perto das mínimas de fevereiro/março de 2020, parecem “incrivelmente atraentes”.

Ritmo forte de crescimento

Boa parte da recomendação dos analistas é baseada no ritmo forte de crescimento de vendas da Iguatemi, que reportou um avanço de 15% em SSS (Vendas Mesmas Lojas) no primeiro trimestre do ano e indicou que os números de abril e maio parecem ainda melhores.

Como a Iguatemi opera shoppings voltados a consumidores de alto padrão, o portfólio da companhia tem se mostrado resiliente em meio à deterioração do cenário macroeconômico brasileiro, diz o BTG, após uma conversa com a diretoria da Iguatemi.

“E, como o Iguatemi manteve os custos de condomínio praticamente estáveis desde o início da pandemia, os executivos disseram que a empresa vem aumentando muito os aluguéis recentemente (passando toda a inflação acumulada do IGP-M dos últimos anos mais um aumento real), mantendo custo de ocupação em linha com a média histórica e reduzindo as taxas de inadimplência/vacância”, acrescentam Cambauva, Credendio, Tomazetto e Mollo.

A Iguatemi contou ao BTG que está mais seletiva em movimentos de M&A (fusões e aquisições). A companhia quer encontrar bons negócios para gerar valor aos acionistas, visto que as ações parecem desvalorizadas e o custo de capital aumentou.

“A Iguatemi ainda vê oportunidades de comprar participações minoritárias em seu portfólio em condições atrativas”, diz o BTG.

Em relação ao projeto Iguatemi365, o shopping online da Iguatemi, a empresa acredita que a iniciativa chegará perto do breakeven (ponto de equilíbrio) em 2023.

O BTG tem recomendação de compra para a Iguatemi, com preço-alvo de R$ 27. O valor implica um potencial de alta de 47,5% sobre a cotação do último fechamento.

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