Com Selic chegando a 15%, renda fixa terá grande destaque na composição de carteira em 2025, diz analista
A primeira reunião do Copom em 2025 elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual (p.p) e deixou os investidores de renda fixa otimistas. De acordo com Lucas Constantino, estrategista-chefe da GCB Investimentos, a Selic deve continuar subindo, elevando as taxas para investimentos em renda fixa.
“Vamos ter provavelmente mais uma alta de 1 p.p na reunião do Copom em março e eventualmente essa taxa pode chegar a bater os 15% ao longo do primeiro semestre, se o cenário continuar adverso”, afirmou Constantino, em entrevista ao Giro do Mercado desta sexta-feira (31).
Para falar da alocação de investimentos de renda fixa, o especialista chamou atenção para três fatores que ele considera fundamentais para o investidor: estar atento à liquidez, sem retirar recursos antes do prazo de liquidação do título; risco de crédito; e risco de mercado.
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Quanto aos riscos mencionados, o de crédito se refere a se atentar para a capacidade da instituição arcar com o investimento oferecido. O tesouro direto possui risco menor por ser ligado ao Governo Federal, portanto, instituições privadas costumam oferecer taxas maiores para compensar.
Já o risco de mercado, se refere a chamada marcação a mercado, que impacta principalmente os pré-fixados. “Imagina que você comprou um título que está pagando 15% hoje. Vamos supor que os juros subam e atingem um patamar de 18% para esse mesmo título. Sendo assim, seu investimento passa a valer menos”, explicou o analista.
A respeito dos percentuais de alocação entre os tipos de títulos, Constantino destaca os pós-fixados. “Justamente por conta dele estar atrelado a Selic, então a medida que a taxa for subindo você vai acompanhando esse mercado. O efeito da marcação a mercado é muito pequeno. O foco maior seria no pós-fixado, com uma divisão menor para os pré-fixados e o IPCA+”, afirmou.
O especialista ainda comentou sobre a volatilidade dos títulos de renda fixa com as mudanças na Selic e suas perspectivas para os próximos anos. Para assistir ao programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no youtube.