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Com seca e geadas, açúcar era para estar acima de 20 c/lp, mas a Índia não deixa

29 jul 2021, 15:04 - atualizado em 29 jul 2021, 15:14
Cana-de-açúcar
Açúcar de cana da Índia entra em excesso no mercado e tira suporte de altas mais significativas do açúcar (Imagem: REUTERS/Rajendra Jadhav)

Para o tamanho dos prejuízos que se acumulam sobre a produção de cana, a cotação do açúcar em Nova York era para estar em ou acima de 20 cents de dólar por libra-peso.

Mas não está e não deverá alcançar, porque bate perto do 18,70 c/lp e volta, por obra da desova indiana de açúcar.

O analista Maurício Muruci, da Safras & Mercado, repete o que já disse antes ao Money Times: passou dos 17,50 c/lp, como está há dias, os produtores da Índia conseguem preços para exportar o excesso acima da cota subsidiada pelo governo.

Por mais que tenha um pouco de realização de lucros nesta quinta (29), o peso vai seguir sendo o tamanho do volume que o mercado estima no concorrente brasileiro, de 16 milhões de toneladas ao fim desta safra, contra as 15 milhões da anterior.

O contrato para entrega em outubro está para encerrar a sessão em recuo de 1,61%, a 18,31 c/lp.

“Antes das geadas, trabalhávamos com produção em torno de 570 milhões/t de cana, só pela seca”, diz Muruci. Com duas rodadas de geadas e as que deverão vir, 550 milhões é um número básico agora, se não menos, ante as 600 a 605 milhões/t da safra 20/21.

Seria suficiente para o mercado estar precificando a maior os contratos futuros do derivativo.