Marfrig (MRFG3): Com salto de quase 50% no ano, Goldman Sachs inicia cobertura com recomendação de compra; ação sobe 6%
Com nenhuma novidade no radar, as ações da Marfrig (MRFG3) despontam na liderança do Ibovespa (IBOV) nesta sexta-feira (18).
Na máxima do dia, MRFG3 registrou alta de 6,63%, a R$ 14,64. Os papéis do frigorífico terminaram a sessão com alta de 5,97%, a R$ 14,55. Acompanhe o Tempo Real.
Mas o que está por trás da alta? O movimento acontece após o Goldman Sachs iniciar a cobertura dos papéis da companhia.
O banco tem recomendação de compra para as ações com preço-alvo de R$ 18,10 — um potencial de valorização de 31,8% sobre o preço de fechamento da última quinta-feira (17).
Um dos motivos para a visão positiva é a expectativa de que a National Beef, controlada pela Marfrig, pode continuar entregando um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e fluxo de caixa livre positivos e, assim, continuar distribuindo dividendos em 2025 e 2026.
Os analistas também esperam que o endividamento (alavancagem) da companhia tenha uma melhoria significativa nos próximos 18 meses.
Há também um “impulso” do setor. Para o Goldman Sachs, o Brasil deve se beneficiar da disponibilidade de animais e do poder de precificação, especialmente após a otimização recente da carteira que aumentou a penetração de produtos de marca e valor agregado no portfólio doméstico da Marfrig para 40% a 50%.
Nas contas dos analistas, Marfrig é atualmente negociada a 4,3x o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) dos próximos 12 meses, o que representa um desconto de 16% em relação à média histórica a partir de abril de 2021.
MRFG3: destaque no acumulado do ano
As ações da Marfrig acumulam alta de quase 50% desde janeiro, sendo o quarto papel com melhor desempenho no Ibovespa até agora.
Na avaliação do banco, o preço recente de MRFG3 foi influenciado pelo desempenho da BRF, enquanto o segmento de carne bovina acumula uma desvalorização de 34% desde 2022 — pressionado pelas preocupações contínuas com a carne bovina nos Estados Unidos e com o balanço patrimonial da companhia.
Vale lembrar que a Marfrig detém mais de 50% do capital da BRF.
O banco espera que a BRF retome a distribuição de dividendos em 2024 e 2025, impulsionada pelas recentes aprovações antitruste que devem facilitar a conclusão de parte das vendas de ativos para a Minerva (BEEF3) até o final do ano.
Além disso, uma potencial atividade corporativa do acionista controlador da Marfrig (por exemplo, recompras) e/ou relacionada à BRF (como mudanças na participação da Marfrig) poderia oferecer mais potencial de alta para as ações.
Os analistas também veem a melhoria da alavancagem da companhia como o principal catalisador de curto prazo para um desempenho de preço positivo (para a ação), em um movimento semelhante ao visto nos papéis da JBS.
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