Com queda de 92% no número de passageiros, Gol registra prejuízo de R$ 771,8 milhões no 2º trimestre
A Gol (GOLL4) informou nesta sexta-feira (31) que obteve prejuízo ajustado de R$ 771,8 milhões no segundo trimestre do ano, de acordo com balanço financeiro divulgado pela empresa.
O valor passou de R$ 2,1 milhões negativos para R$ 771,8. O prejuízo não ajustado foi ainda maior, de R$ 1,9 bilhão.
A receita operacional líquida da empresa também obteve forte queda de -88,6%, totalizando 357,8 milhões ante os R$ 3,1 bilhão do mesmo período de 2019.
O Ebitda totalizou R$ 282,5 milhões negativos, enquanto o valor ajustado ficou em R$ 99,2 milhões. A margem Ebitda ficou em -79%, queda de 104 pontos percentuais.
O número de Passageiro-Quilômetro Transportado Pago (RPK) diminuiu 92% em comparação com o segundo trimestre de 2019, totalizando 773 milhões RPKs. Já entre abril e junho, a empresa registrou um aumento de 103% em RPK.
“O segundo trimestre de 2020 reflete os impactos diretos da pandemia no volume de operações. A GOL encerrou o mês de junho com uma frota total de 130 B737s e com 27 aeronaves operando em sua malha. Em relação a junho de 2019, as operações de voo representaram 13% em média e cresceram para 17% no final do mês, ou 120 voos diários, com a reabertura planejada de sete bases (Juazeiro do Norte, Foz do Iguaçu, Navegantes, Petrolina, Porto Seguro, Ilhéus e Chapecó) e maior frequência na Ponte Aérea São Paulo-Rio de Janeiro”, informou a empresa no relatório.
A empresa registrou aumento para aproximadamente 250 voos diários em julho, as operações devem ficar em torno de
25% do realizado de julho de 2019 com 36 aeronaves operando na malha. A GOL planeja reabrir 14 bases adicionais no período de agosto a dezembro de 2020.
“Para contrabalançar o forte declínio na receita, tomamos diversas medidas para diminuir custos e preservar a liquidez, a fim de atravessarmos essa crise. Reduzimos nosso consumo de caixa médio diário para R$3 milhões no 2T20, assim como adotamos todas as medidas necessárias para oferecer uma experiência de voo segura e confortável. A demanda dos Clientes está retornando e, como consequência, estamos gradualmente aumentando nossa capacidade”, disse Paulo Kakinoff, Diretor-Presidente da GOL.
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