Estados Unidos (EUA)

Com proximidade de decisão sobre aborto, Suprema Corte dos EUA ergue barreira ao público

17 jun 2022, 12:18 - atualizado em 17 jun 2022, 12:18
Suprema Corte dos EUA
Ninguém do público em geral tem sido autorizado a entrar no tribunal desde que as precauções contra a pandemia da Covid-19 foram implementadas em março de 2020 (Imagem: REUTERS/Leah Millis)

Cercada por uma sinistra barreira de segurança e sem público desde março de 2020, a Suprema Corte dos Estados Unidos está prestes a emitir, nas próximas semanas, uma importante decisão a portas fechadas que pode reduzir drasticamente o direito ao aborto.

Ninguém do público em geral tem sido autorizado a entrar no tribunal desde que as precauções contra a pandemia da Covid-19 foram implementadas em março de 2020.

Acena no tribunal ficou mais tensa após protestos e ameaças contra alguns dos nove juízes motivados pelo vazamento de um rascunho de parecer em maio indicando que eles devem derrubar a decisão histórica Roe vs. Wade de 1973 que legalizou o aborto em todo o país.

O tribunal tem uma maioria conservadora de 6 a 3.

A cerca de 2,4 metros de altura foi erguida nos dias após o vazamento, conforme o tribunal reforçava medidas de segurança.

Enquanto o restante de Washington, incluindo outros prédios do governo como a Casa Branca e o Capitólio, reabriu suas portas ao público pelo menos parcialmente, o principal órgão judicial dos EUA permanece com uma forma de lockdown que parece ser um cerco, mesmo ao exercer enorme influência sobre as políticas públicas.

Para Guido Reichstadter, um manifestante pelo direito ao aborto acampado em frente ao tribunal desde o início de junho, a cerca é um sinal de como os juízes –ou pelo menos os seis conservadores– estão distantes do sentimento da população.

“Eles estão tentando se isolar dos efeitos de suas ações. Por que mais você colocariam uma cerca?” perguntou Reichstadter, que foi preso em 6 de junho por se prender à cerca e passou uma noite na prisão.

Defensores antiaborto são simpáticos às preocupações sobre a segurança dos juízes, dizendo que também receberam ameaças após o vazamento.

“Eu diria que o tribunal está se protegendo, protegendo seus funcionários”, disse Kristan Hawkins, presidente do grupo Students for Life.

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