BusinessTimes

Com produção e vendas normalizadas, Usiminas deve apresentar resultados robustos no 4º trimestre

17 dez 2020, 19:03 - atualizado em 17 dez 2020, 19:03
Usiminas
Em comunicado divulgado ao mercado ontem, a Usiminas disse que os números de produção e vendas de laminados foram normalizados (Imagem: LinkedIn/USIMINAS)

A XP Investimentos e a Planner não foram as únicas corretoras que receberam bem os números de produção e vendas da Usiminas (USIM5) referentes aos últimos 45 dias. A Ágora Investimentos destacou que os dados “mostram claramente a forte recuperação da demanda brasileira de aços planos”.

Em comunicado divulgado ao mercado ontem, a Usiminas disse que os números de produção e vendas de laminados foram normalizados. Entre 1º de novembro e 15 de dezembro de 2020, a companhia chegou a produzir 533 mil toneladas (0,2% acima da média diária do primeiro trimestre e 6,4% superior à média diária do ano passado).

As vendas no período alcançaram 577,6 mil toneladas – altas de 11,5% e 14,1% em relação à média diária do primeiro trimestre e à média diária de 2019, respectivamente. A Usiminas destacou que 97% do volume total de vendas (559,2 mil toneladas) correspondem ao mercado interno.

De acordo com a Ágora, a empresa siderúrgica deve apresentar resultados robustos no quarto trimestre, sustentados pela melhora na demanda e pelo aumento de preços.

A corretora mencionou os dados de outubro da Usiminas. A produção laminada da Usiminas acumulou 903,5 mil toneladas até agora no quarto trimestre, representando uma alta de 13% no comparativo trimestral e um recuo de 4% em relação aos últimos três meses do ano passado.

“Se a produção mantiver o mesmo ritmo para o restante de dezembro, a produção total do quarto trimestre chegará a cerca de 1 milhão de toneladas, +35% no trimestre e +14% no comparativo anual”, comentaram os analistas Thiago Lofiego e Luiza Mussi.

Em relação às vendas, a Ágora acredita que a Usiminas pode atingir cerca de 1,1 milhão de toneladas, o que corresponde a um avanço de 21% e 12% no trimestre e na comparação ano a ano, respectivamente.

A Ágora manteve a recomendação neutra para ação. A corretora mencionou alguns pontos a ser levados em consideração, como (i) a tendência de alta dos custos, (ii) o ambiente menos restritivo com o aumento da oferta dos produtores, e (iii) os movimentos cambiais gerando pressão sobre novas iniciativas de preços.