Com prazo iminente, democratas correm para evitar paralisação do governo dos EUA
Os democratas no Congresso dos Estados Unidos estavam se esforçando para superar uma das várias crises simultâneas desta semana, dizendo que vão votar para impedir uma paralisação do governo antes que o prazo para financiamento expire, à meia-noite de quinta-feira.
A confusão vem depois de uma série de votações em que o Senado tentou tanto aprovar o financiamento do governo quanto evitar um calote federal potencialmente catastrófico no mês que vem, mas os republicanos barraram duas vezes a tentativa democrata de elevar o teto da dívida dos EUA, de 28,4 trilhões de dólares.
O Senado pode votar nesta quarta ou na quinta-feira uma resolução para financiar as operações federais até o início de dezembro, disse o líder democrata do Senado, Chuck Schumer.
“Com tantas questões críticas para resolver, a última coisa que o povo norte-americano precisa agora é uma paralisação do governo”, disse Schumer.
Se a resolução for aprovada pelo Senado, a Câmara dos Deputados poderá votar rapidamente para enviar a medida ao presidente Joe Biden, para que sancione a lei antes do início do novo ano fiscal, na sexta-feira.
Por trás de tudo isso paira a ameaça de o governo federal atingir o teto da dívida por volta de 18 de outubro, um evento que poderia causar um calote histórico com consequências econômicas duradouras e implicações para os mercados financeiros.
A Câmara e o Senado podem votar um projeto de lei separado que suspende temporariamente o limite de endividamento, embora esse também seja assunto de uma dura disputa partidária.
Os republicanos do Senado se recusam a votar a favor, dizendo aos democratas para agirem sozinhos, enquanto Schumer exigiu cooperação bipartidária para resolver as dívidas acumuladas durante governos tanto democratas quanto republicanos.
A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, disse em carta aos parlamentares que a Casa planeja agir nesta quarta-feira para aprovar uma legislação que suspenderia o limite da dívida.
“Precisamos agir agora”, escreveu Pelosi, mas não deu detalhes sobre a votação. “A fé e a credibilidade totais dos Estados Unidos não devem ser questionadas… Não podemos e não permitiremos que o extremismo dos republicanos e a total falta de preocupação com as famílias afundem nossa economia.”