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Com prazo de 20 anos e deságio de 80%, Grupo Diné não mexe no coração da dívida com canavieiros

13 jan 2022, 13:48 - atualizado em 13 jan 2022, 14:37
Cana-de-açúcar
Canavieiros de Araraquara participam de assembleia de credore de grupo em recuperação judicial com poucos avanços (Imagem: REUTERS/Desmond Boylan)

Os produtores de cana credores do Grupo Diné saíram de assembleia nesta quinta (13) com a proposta de receberem R$ 18 mil à vista cada um, após a homologação, e mais nada, e sem conseguirem mexer no coração do impasse.

Os donos das usinas Maringá e Santa Rita mantiveram a proposta de pagamento em 20 anos, com deságio de 80%, para aqueles que não aceitarem a proposta.

Enquanto as três usinas do Grupo Moreno, também paulista, deixaram a recuperação judicial há dois dias, liquidando R$ 1 bilhão em dívidas, o grupo sediado em Araraquara (SP) está em recuperação judicial desde junho de 2020.

A Canasol, que representa os fornecedores de cana araraquarenses, com cerca de R$ 16 milhões pendentes junto à Maringá, considera uma “enorme decepção para quem entregou sua produção e não recebeu”, segundo seu presidente, Luís Henrique Scabello de Oliveira.

Do total de dívidas do grupo, de aproximadamente R$ 4 bilhões, entre todos credores e dívidas trabalhistas, tem o Banco do Brasil com R$ 1 bilhão.

Enquanto a Maringá segue desativada, a Santa Rita, em Santa Rita do Passa Quatro, permanece aberta, mas tinha baixa representatividade no bolo do Diné, e ficou menos ainda na safra anterior, moendo não mais que 1 milhão de toneladas.

Apesar dessa situação e de capacidade ociosa na região, a Canasol entende que, apesar dos prejuízos causados, os canavieiros desta tradicional região produtora já alocam suas produções em outras unidades.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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