Com Polo Urucu, Eneva consolidaria sua posição no Norte
A Eneva (ENEV3) divulgou na segunda-feira um fato relevante informando que foi convidada pela Petrobras (PETR3;PETR4) para participar das negociações para a aquisição do Polo Urucu.
A companhia tinha apresentado em dezembro do ano passado uma oferta de US$ 600 milhões pelo polo. Na ocasião, a 3R Petroleum (RRRP3) fez uma oferta maior, no montante de US$ 1,1 bilhão.
No entanto, a oferta da 3R apresentava várias restrições que inviabilizavam a transação, o que fez com que a Petrobras fizesse outra rodada de ofertas em janeiro deste ano. De acordo com o Brazil Journal, a nova oferta da Eneva aumentou por volta de 30%-40%, para US$ 780-840 milhões.
A notícia já era esperada pelo mercado, disse o Santander. Mesmo assim, foi bem recebida. Os analistas do banco afirmaram que a aquisição pode ser transformador para o modelo de investimento da Eneva, uma vez que, ao adquirir o ativo, a companhia consolida sua posição na região Norte.
O polo Urucu é formado por sete concessões de campos terrestres de exploração e produção de hidrocarbonetos –Araracanga, Arara Azul, Carapanaúba, Cupiúba, Leste do Urucu, Rio Urucu e Sudoeste Urucu. Todas elas estão localizadas em dois municípios do Amazonas, Tefé e Coari.
A Eneva detém outros ativos na região Norte: os campos Azulão e Juruá.
No momento, o Santander possui recomendação de hold (desempenho esperado próximo às expectativas do mercado) para a ação da elétrica, com preço-alvo de R$ 56,17. O banco destacou que monetizar as reservas de gás será um desafio para a empresa, dada a difícil logística na região. Os analistas estão à espera de mais detalhes sobre a aquisição.