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Petróleo a US$ 87 pode ser a ‘bala de prata’ para Bolsonaro sair do ocaso

19 nov 2022, 8:25 - atualizado em 19 nov 2022, 10:33
Petrobras
Petrobras represou os preços da gasolina por mais dois meses, inclusive quando o petróleo chegou a passar de US$ 95 (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Como tudo é possível nesse tumultuado fim de ano político, não seria surpresa se a Petrobras (PETR4) tivesse sinal verde do Planalto para cortar os preços da gasolina e do diesel, depois de várias semanas com o mercado esperando que fossem reajustados para cima com o barril do petróleo ficando na média de US$ 95 até o dia 11.

Agora, a US$ 87, a redução pode ser a ‘bala de prata’ do presidente Jair Bolsonaro para ganhar pontos com seus apoiadores num momento que ainda as manifestações não cessaram nas estradas e em frente aos quartéis.

Ele mergulhou no ocaso desde o dia seguinte ao segundo turno (nos últimos dias foram alegados problemas de saúde) e há pressão do núcleo político para que o presidente tome a frente o quanto antes do que será a oposição a partir de janeiro.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é um deles, enquanto esquenta as baterias ainda suspeitando da apuração das eleições.

A ‘volta’ de Bolsonaro reduzindo a gasolina e o diesel, no que resta de seu governo, seria quase triunfante, mais ainda se na linha de frente das manifestações estão os caminhões das transportadoras, cujos donos vão arcar com multas exigidas pelo ministro do Supremo e presidente do TSE, Alexandre de Moraes.

E com os combustíveis subindo de preços das bombas, mesmo com a Petrobras engessada a mais de dois meses. E lembrando que o PIS/Cofins voltarão a ser cobrados dos combustíveis, o que elevará os preços a partir de janeiro.

Do ponto de vista de fundamentos, o petróleo caiu mais 2,27% na sexta, em Londres, e quase 1,90% nos Estados Unidos (WTI), e os temores de que o consumo fique mais comprometido estão acesos, misturando tanto a resiliência da covid na China quando a desaceleração das economias mais importantes.

A possibilidade de correções sempre existe, diante de cenários voláteis, mas a diferença de US$ 9 do barril, entre o dia 11 e ontem, só desapareceria bruscamente a menos que a Opep+ decidisse fazer movimento de redução no bombeamento ou o petróleo russo não chegue à Europa.

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