Comprar ou vender?

Com ou sem Petrobras (PETR4), é hora de apostar na Vibra (VBBR3)?

30 maio 2023, 18:39 - atualizado em 30 maio 2023, 18:39
Vibra Energia
De acordo com o CEO da Vibra, Ernesto Pousada, é “baixíssima probabilidade” da Petrobras conseguir recuperar a marca BR. (Imagem: Linkedin / Vibra Energia)

Depois de a Petrobras (PETR3) negar que negocia a compra da Vibra Energia (VBBR3), o Goldman Sachs ponderou que as ações da distribuidora e os papéis da concorrente Ultrapar (UGPA3) seguem negociados a um patamar 10 vezes abaixo do histórico.

A recomendação segue de compra para as duas empresas, mas, considerando uma cobertura mais ampla, o banco prefere as ações de Rumo, a Localiza e a PRIO, segundo trecho do relatório assinado por Bruno Amorim e equipe.

Os analistas afirmaram que continuam esperando um período mais desafiador para a Vibra, diante da queda dos preços dos combustíveis no Brasil –  refletindo a normalização dos crack spreads no exterior e os ajustes de preços da Petrobras no mercado interno.

“Mantemos nossas estimativas de volumes de vendas praticamente inalteradas e revisamos a projeção de distribuição de combustível Ebitda por metro cúbico ajustado para 2023 em -18% (inalterado para 2024/25)”, disseram.

A projeção para Ebitda total passou para R$ 800 milhões no segundo trimestre, queda de 51% na base anual. Eles revisaram o preço-alvo para VBBR3 de R$ 20,10 para R$ 21,10.

O Goldman Sachs vê a ação da Ultrapar a R$ 19,70, ante R$ 17,40, e espera um Ebitda de R$ 1,06 bilhão no próximo balanço, queda de 6%.

“Atribuímos as fortes margens observadas na Ultragaz às iniciativas de eficiência operacional e produtividade, à saudável dinâmica competitiva e, por fim, à queda recente do preço do gás enquanto o repasse aos consumidores não é imediato”, pontuou o banco.

Para os analistas da instituição, a marca Ipiranga está melhor posicionada para os resultados do segundo trimestre, devido a uma melhor dinâmica de oferta de combustíveis em relação à concorrência.

“Os principais riscos, em nossa opinião, incluem atividade econômica abaixo do esperado, preços mais altos do Brent, demanda menor do que o esperado por combustíveis e commodities petroquímicas e intervenção do governo nos preços da gasolina/diesel”.

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O que disse a Petrobras sobre a Vibra

A Petrobras negou na sexta-feira passada que esteja negociando, junto com a Previ, o fundo de pensão da Caixa Econômica, a compra da Vibra Energia.

De acordo com o CEO da Vibra, Ernesto Pousada, é “baixíssima probabilidade” da Petrobras conseguir recuperar a marca BR.