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Com os EUA nas mãos, CEO da BioNTech quer maior produção de vacinas

12 dez 2020, 19:03 - atualizado em 12 dez 2020, 19:03
Pfizer Vacinas
A BioNTech havia dito que começaria a produzir a vacina ali na primeira metade de 2021 (Imagem: Reuters/Dado Ruvic)

O presidente executivo da alemã BioNTech disse que o maior desafio da empresa e de sua parceira Pfizer, agora que sua vacina de Covid-19 foi autorizada nos Estados Unidos, será escalar a produção para atender à enorme demanda.

“Precisamos solucionar o desafio da produção”, disse Ugur Sahin à Reuters em uma entrevista. “Está muito claro que precisaremos de mais doses. E estamos lidando com essa pergunta – como produzir mais doses”.

As companhias disseram que produzirão até 1,3 bilhão de doses da vacina ano que vem.

A Administração de Alimentos e Fármacos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) autorizou a vacina para uso emergencial na sexta-feira, após o Reino Unido ter se tornado o primeiro país a aplicar a vacina fora de testes clínicos nesta semana.

Sahin disse que ele espera que as empresas recebam aprovação condicional da Agência de Medicamentos Europeia no fim do mês e que possam começar a vacinação em países europeus no início do ano que vem.

Uma das formas pelas quais ele espera aumentar a oferta seria incorporar mais cedo que o previsto a fábrica que a BioNTech comprou da Novartis em Marburg, Alemanha, com capacidade para produzir 750 milhões de doses de vacina por ano.

A BioNTech havia dito que começaria a produzir a vacina ali na primeira metade de 2021 e Sahin disse que estão trabalhando para deixá-la pronta em um prazo menor.

“O plano base é de 1,3 bilhão de doses”, disse Sahin. “E estamos trabalhando em um plano maior. Não posso te dizer no momento o que é possível e quanto podemos expandir em escala, mas tentaremos fazer isso significativamente”.

A oferta da vacina será limitada inicialmente nos Estados Unidos, um país com quase 330 milhões de habitantes. O governo dos EUA encomendou 100 milhões de doses da vacina, que é aplicada em duas doses, e pode negociar mais.

O membro do conselho da Pfizer e ex-comissário da FDA Scott Gottlieb disse em uma entrevista com a CNBC que a empresa se ofereceu para vender aos Estados Unidos mais doses no mês passado, mas sua oferta foi rejeitada.

Em dados publicados nesta semana, a Pfizer e a BioNTech disseram que sua vacina começou a proteger os pacientes antes mesmo de terem recebido a segunda dose. A vacina pareceu demonstrar alguma eficácia cerca de 12 dias após a primeira aplicação.

Sahin afirmou que ficou surpreso com os dados: “sabemos que a resposta imune é altamente fortalecida após a segunda dose”.

Ele disse que as empresas ainda não decidiram se vão avaliar uma versão da vacina com dose única.

“Esta é uma discussão que certamente temos com nossos parceiros da Pfizer.”

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reuters@moneytimes.com.br
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