Com recordes na prévia do 1T25, Cury (CURY3) mostra apetite por Faixa 4 do MCMV

A Cury (CURY3) segue reforçando seu posicionamento estratégico em empreendimentos atrelados ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e pretende se beneficiar da Faixa 4.
A nova faixa voltada para famílias com renda de até R$ 12 mil, incorporada recentemente ao programa, ampliou o escopo do MCMV e se tornou uma oportunidade estratégica para as construtoras.
Em entrevista ao Money Times, Leonardo Mesquita, vice-presidente comercial da Cury, avaliou que, com a expansão do valor máximo permitido aos beneficiários, 90% dos empreendimentos da construtora poderiam se enquadrar no programa, ante os atuais 70%.
“Com esse funding nós podemos, dentro dos terrenos que nós temos, ganhar valor em algum projeto mesmo que extrapole os R$ 350 mil”, afirmou o executivo.
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Ele destacou que, antes da mudança, a empresa muitas vezes precisava abrir mão de receita para se manter dentro dos limites da Faixa 3. “Você poderia fazer uma unidade um pouco maior e você acaba deixando valor na mesa. Agora não tem problema”.
A nova faixa pode impulsionar ainda mais os bons números que a Cury já vem apresentando. Segundo a prévia operacional do 1º trimestre de 2025 (1T25), divulgada nesta quarta-feira (9), as vendas líquidas atingiram R$ 2,1 bilhões — crescimento recorde de 35,7% frente ao 1T24 e de 47,9% em relação ao 4T24.
“Nossa estratégia é ser forte no início do ano para impulsionar o crescimento da companhia. Esse resultado recorde nos coloca no caminho certo”, afirmou Mesquita.
Expansão em alta velocidade
O Valor Geral de Vendas (VGV) lançado também foi recorde, totalizando R$ 2,8 bilhões em 14 empreendimentos — 9 em São Paulo e 5 no Rio de Janeiro — com preço médio das unidades de R$ 304,8 mil. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o VGV teve uma alta de 47,7%.
A geração de caixa operacional foi positiva pelo 24º trimestre consecutivo, somando R$ 25,7 milhões, avanço de 50,4% sobre o 1T24. Já a produção chegou a 3.363 unidades, crescimento de 14,7% frente ao 1T24 e de 4,3% sobre o 4T24.
A VSO (Vendas sobre Oferta) foi de 45,4%, leve recuo em relação aos 47,9% do 1T24, mas com melhora frente ao trimestre anterior, que registrou 43,7%. No acumulado de 12 meses, a VSO líquida ficou em 72,6%.
No trimestre, Cury produziu 3.363 unidades, 431 a mais que a soma produzida no 1T24. O número representa alta de 14,7% em relação ao 1T24 e aumento de 4,3% à produção do 4T24. O estoque da companhia alcançou R$ 2,5 bilhões, com 99% composto por unidades em lançamento ou construção.
Já o banco de terrenos foi avaliado em R$ 19,8 bilhões em VGV potencial, crescimento de 26,7% frente ao 1T24, totalizando mais de 68 mil unidades.
A Cury ainda destacou que os dados da prévia ainda não consideram o saldo a receber de repasses já realizados, devido à mudança de regra da Caixa Econômica Federal, que agora efetua os depósitos apenas após o registro dos contratos em cartório.