Com menor pressão inflacionário, Itaú aposta que Copom manterá a Selic em 6,5%

Por Investing.com – Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) realiza a última reunião do ano para tratar da taxa de juros. Para o Itaú Unibanco (ITUB4), as projeções do comitê devem recuar em 2018 tanto no cenário de mercado (que inclui câmbio e taxa de juros de acordo com a pesquisa Focus), quanto no de referência (que considera câmbio e juros constantes), na comparação com as projeções de outubro. Assim, a aposta é que a Selic seja mantida em 6,5%.

Já para 2019, a visão dos analistas é que a projeção de inflação provavelmente recuará no cenário de mercado e se manterá estável no cenário de referência. Para 2020, a expectativa de inflação deve apresentar leve alta no cenário de mercado e estabilidade no cenário de referência.

A equipe do maior banco privado brasileiro entende que, com projeções mais baixas de inflação em 2018, mantendo uma relativa estabilidade no ano, em um contexto em que o nível de capacidade ociosa na economia permanece elevado, a opção deve ser por manter os juros inalterados.

O Itaú avalia que os dados econômicos observados desde a última reunião estão surpreendendo para o lado de menor pressão inflacionária e com perspectiva de continuidade do cenário de reformas, em particular, a fiscal.

Diante disso, os analistas acreditam que os riscos em torno do cenário de inflação voltam a ser mais balanceados. Dessa forma, julgam possível que o Copom remova de sua comunicação as menções à assimetria no balanço de riscos para a inflação.

Outra estimativa é que, como aconteceu nas últimas reuniões, o comitê deve se abster de sinalizações mais diretas a respeito de seus próximos passos, a fim de manter sua flexibilidade em um contexto ainda substancialmente incerto, tanto doméstica quanto internacionalmente.

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