Com margens pressionadas, BTG, Safra e Bradesco trazem recomendação neutra para Fleury
Os bancos BTG Pactual (BPAC11), Safra e Bradesco (BBDC4) reconhecem a melhora dos resultados trimestrais da Fleury (FLRY3), mas apontam para o fato das margens continuarem comprimidas e, por isso, trazem recomendação neutra para as ações da companhia.
“Os resultados foram bons, levemente acima do esperado quanto à recuperação da marca Premium e do controle de custo. Ainda assim, as margens continuam declinando, limitando o crescimento dos ganhos”, avalia Marcio Osako, analista do Safra.
O segmento premium, ressalta a equipe de análise da Bradesco Corretora, teve crescimento de 6,7%, superando as expectativas dos especialistas.
Balanço
De julho a setembro, o lucro líquido da Fleury chegou a R$ 94,8 milhões, 4,9% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. A receita, por sua vez, cresceu 10,6%, totalizando R$ 755,7 milhões.
O Ebitda atingiu R$ 196,5 milhões no 3º trimestre, avanço de 8,2% no comparativo anual. A margem Ebitda encolheu 0,6 ponto percentual, encerrando o intervalo em 26%.
Samuel Alves, do BTG, destaca as Vendas Mesmas Lojas (SSS), que registraram alta pelo terceiro trimestre consecutivo – 6,2% no 3º ante 5,4% no 2º –, além das receitas do B2B (Business to Business), que subiram 5,9% na comparação ano a ano.
“Na nossa visão, a combinação do rebaixamento de planos de saúde, de mais métodos de co-pagamento e da dificuldade em impulsionar novas unidades devem levar a um crescimento de ganhos mais limitado”, concluiu Alves.
Neutro
A recomendação dos bancos para as ações da Fleury é neutra, com preços-alvos de R$ 28,50 (Bradesco Corretora), R$ 25 (BTG) e R$ 26,10 (Safra).