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Com mais bilhões no caixa, Oi terá gordura extra para enfrentar recuperação judicial

08 fev 2021, 11:08 - atualizado em 08 fev 2021, 11:17
Oi OIBR3 Telecomunicações Operadoras
As intenções de compra do fundo gerido pelo BTG são positivas para as ações da Oi (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A Oi (OIBR3; OIBR4) pode respirar mais tranquila se o acordo com o fundo de private equity gerido pelo BTG Pactual (BPAC11) ganhar novos capítulos na saga da operadora, que busca vender sua unidade de fibra, conforme anunciado ao mercado na semana passada.

De acordo com a estrutura de capital escolhida pela Oi, o novo sócio deverá pagar R$ 6,5 bilhões, que vão para o caixa da empresa de comunicação, para ter controle de 51% das ações ordinárias da unidade móvel, a qual possui um valor de mercado estimado de R$ 20 bilhões, sem contar os seus R$ 2,4 bilhões de dívidas, dando ao ofertante 37% do capital total do ativo e 63% à Oi.

Ademais, o ofertante também deverá pagar R$ 5 bilhões em investimentos para os projetos da empresa de fibra óptica.

O fundo de investimento em participações (FIP) Economia Real tem 85 investidores, e sua oferta superou a que fora feita pelo Digital Colony, um grupo americano de comunicação global, que participava da negociação.

Na avaliação da Guide Investimentos, as intenções de compra do fundo gerido pelo BTG são positivas para as ações da Oi, uma vez que a companhia terá em torno de R$ 6,5 bilhões em seu caixa.

“O dinheiro contribuirá para o fortalecimento de sua posição de liquidez e por consequência a ajudando a enfrentar o atual processo de recuperação judicial“, reforça o analista Luis Sales, que assina o relatório a clientes.