Com maior porto turco inativo, agências dispensam donos da carga de taxas para outros terminais
Os donos de cargas já chegando à Turquia ou a poucos dias de entrar ao largo do Porto de Iskenderun, o principal do país, estão sendo orientados pelas agências marítimas a mudarem a rota para outros pontos de destino.
Muitas dessas companhias não estão cobrando as taxas contratuais por alterações de rota.
O terminal segue paralisado pelo terremoto de 6 de fevereiro e não há previsão de quando as operações serão retomadas, segundo informa a plataforma project44 de acompanhamento das cadeias globais de suprimentos.
Muitas mercadorias brasileiras como açúcar, café, soja, fumo, celulose e carnes estão a caminho, inclusive um carregamento de boi vivo, como noticiou Money Times, mas que deve atracar na Turquia na primeira quinzena de março.
Embora o controle desse comércio é em grande parte feito pelas tradings, embora grandes companhias e cooperativas o façam diretamente, a demora no desembarque pode acarretar um efeito cascata sobre o ritmo de compras.
O dwell time, tempo de permanência de contêineres, do Porto de Mersin, para onde há um maior desvio de rotas, voltou próximo ao dia anterior ao abalo, para 3,15 dias, depois de quase dobrar.