Commodities

Com maior otimismo, commodities estão no maior nível desde 2018

30 dez 2019, 12:05 - atualizado em 30 dez 2019, 12:05
Petrobras Petróleo
As commodities se beneficiam de um rali de fim de ano, com condições ainda mais promissoras em 2020 (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

Com 2020 já no horizonte, as commodities estão no maior nível em mais de um ano. Do petróleo ao cobre, várias matérias-primas registram ganhos anuais.

O índice Bloomberg Commodity Spot subiu para o nível mais alto desde novembro de 2018, impulsionado pelo alívio das tensões comerciais, maior apetite por risco e menor força do dólar. O indicador acumula alta de 11% em 2019, a caminho do melhor desempenho anual desde 2016.

As commodities se beneficiam de um rali de fim de ano, pois as perspectivas para 2020 parecem, pelo menos no momento, ser mais promissoras do que as condições que prevaleceram durante grande parte deste ano.

O acordo EUA-China de primeira fase – que deve ser formalmente concluído no próximo mês – depende de o país asiático aumentar as compras de produtos agrícolas. Além disso, as perspectivas de um acordo ajudaram a estimular usuários de matérias-primas a reabastecer os estoques, segundo o Oversea-Chinese Banking.

Guerra Comercial
O acordo EUA-China de primeira fase depende de o país asiático aumentar as compras de produtos agrícolas (Imagem: Reuters/Aly Song)

“O otimismo renovado do acordo comercial EUA-China eleva as expectativas de demanda”, disse Howie Lee, economista do banco com sede em Cingapura. “As reservas estão baixas na entrada de 2020 e, com a expectativa de recuperação da demanda, muitos no setor estão com pouco estoque.”

As matérias-primas também aproveitam a fraqueza do dólar: o índice Bloomberg Dollar Spot mostra baixa de 1,5% este mês e agora está no nível mais baixo desde julho. Após três cortes dos juros neste ano, o Federal Reserve dos EUA deverá manter as taxas estáveis ao longo de 2020.

Wall Street Mercados
As preocupações de investidores sobre a possibilidade do início de uma recessão nos EUA diminuíram (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

As preocupações de investidores sobre a possibilidade do início de uma recessão nos EUA – o que prejudicou as commodities no início deste ano – diminuíram. Este mês, o gestor de títulos Jeffrey Gundlach disse que as chances de uma recessão até o fim do próximo ano caíram para 35%. Em setembro, ele havia previsto uma chance de 75%.

As perspectivas na China, o principal consumidor de matérias-primas, também são mais positivas. Os dados econômicos do país asiático melhoraram em dezembro pela primeira vez em oito meses, de acordo com indicadores preliminares disponíveis compilados pela Bloomberg.

Várias commodities registram ganhos. O petróleo negociado em Nova York subiu para o nível mais alto desde setembro. As cotações acumulam alta de 36% este ano com a pressão de produtores da Opep+ para limitar a oferta.

Nos metais básicos, o cobre ultrapassou US$ 6.000 a tonelada com a queda dos estoques globais diante da melhora das perspectivas macroeconômicas. O trigo é negociado no maior nível desde 2018, enquanto a soja registra o maior avanço mensal desde 2016.

Metais preciosos também acumulam ganhos, incluindo o tradicional ouro, que sobe em dezembro mesmo com o apetite por risco e valorização recorde dos mercados acionários. O ouro acumula alta de 3,4% este mês, negociado a US$ 1.513 a onça.

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