Com Lula satisfeito ou não, o ‘Voa Brasil’ se prepara para alçar voo; entenda
No último domingo (12), foi anunciado o “Voa Brasil”, projeto que prevê passagem aéreas a R$ 200 reais. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, o programa tem como proposta ocupar lugares vazios nos voos a preços populares.
Poucos dias depois, segundo noticiou o Valor Ecônomico, Azul, Gol e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) já demonstram interesse e enxergam com bons olhos o projeto.
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De acordo com o diretor de relações institucionais, aeroportuárias e comunicação da Azul, Fábio Campos, se trata de uma proposta diferente, mas estão abertos a debates e ansiosos para começar a conversar mais sobre o programa.
Já no caso da Gol, em nota, afirmou que nasceu com o propósito de democratizar a aviação no Brasil e que estão à disposição para contribuir com o Governo na viabilização de um projeto que amplie ainda mais o acesso da população ao transporte aéreo.
Até então, a Latam não havia se manifestado sobre. Mas isso mudou.
Latam se junta aos interessados pelo Voa Brasil
Na quinta-feira (16), em evento no Rio de Janeiro acompanhado pelo Estadão, França disse que a Latam se juntou aos interessados pelo Voa Brasil. Com isso, as três grandes aéreas presentes no Brasil estão acompanhando de maneira positiva o projeto.
Ainda no evento, segundo o Estadão, França sugeriu uma segunda fase do projeto, contando com a participação das concessionárias de aeroportos. Dessa maneira, as administradoras dos terminais aéreos poderiam reduzir as taxas de embarque, auxiliando no barateamento das passagens, visto que as taxas impactam diretamente no valor final.
O ministro deu ainda a previsão de que o projeto tenha seu desenho final em julho, quando deverá ser apresentado à Casa Civil.
Bronca de Lula
Na manhã de terça-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a abertura de reunião ministerial para dar um puxão de orelha público nos ministros.
“É importante que nenhum ministro ou nenhuma ministra anuncie publicamente qualquer política pública sem ter sido acordado com a Casa Civil, que é quem consegue fazer que a proposta seja do governo”, disse Lula em discurso na abertura do encontro. “Nós não queremos proposta de ministro.”
A bronca foi vista como uma indireta para França. Após o comentário sobre a proposta, representantes de companhias aéreas teriam entrado em contato com o governo para entender como seria esse programa e se teria algum tipo de subsídio.
Isso teria deixado Lula irritado, porque é uma proposta que ainda não passou pela análise das áreas econômicas para entender se é um programa viável ou não.