É hora de vender Petrobras (PETR4) após vitória de Lula? Veja o que diz o BTG
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) derretem com força nesta sessão após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL). Por volta das 15h25, ação caia 8,20%, a R$ 29,89. Desde do dia 21 de outubro, a ação acumula tombo de 20%. É hora de vender?
O BTG Pactual atualizou suas estimativas para a Petrobras, cortando o preço-alvo em R$ 5 (de R$ 40 para R$ 35). Porém, o banco manteve a neutralidade para o papel.
Segundo os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, uma reclassificação da petroleira dependerá das mensagens que o governo Lula passará ao mercado.
“Preservar parte do pagamento de dividendos pode ser uma almofada para o preço das ações e nossa visão relativamente otimista sobre os preços do petróleo também deve sustentar os excelentes resultados de E&P (exploração e produção de petróleo) da Petrobras por um tempo”, discorrem.
Dividendos da Petrobras
Conforme entrevista ao Money Times, o economista da campanha de Lula, Guilherme Mello, afirmou que a Petrobras voltará a investir em pesquisa e desenvolvimento, o que, segundo o BTG, pode elevar o endividamento e, por outro lado, abaixar os dividendos da Petrobras.
“Sua recente Carta ao Brasil de Amanhã enfatizou que o Brasil não pode contar com a importação de combustíveis, sugerindo que investimentos downstream (refino de petróleo bruto) são plausíveis”, colocam.
Além disso, a dupla escreve que a principal razão para investidores comprarem Petrobras são os seus dividendos.
“Eles darão pouca ou nenhuma credibilidade aos projetos de crescimento em negócios onde a Petrobras não é um proprietário natural (ou seja, E&P), garantindo, em última análise, um risco-recompensa pouco atraente”, observam.
O BTG coloca ainda que mecanismos de defesa, como a lei das estatais, devem impedir ou retardar algumas dessas propostas. Porém, esses mecanismos podem ser alterados.
Em entrevista ao Money Times, realizada antes do primeiro turno, Mello afirmou não se opor à Lei das Estatais, aprovada ainda durante o governo Temer.
“Não temos nenhum problema com regramento que proteja estatais desse ponto de vista e que exija a formação de quadros ilibados, sérios e técnicos. Isso é muito importante para as estatais. É um tema que não nos preocupa”, coloca.
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