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Com Ibovespa em 120 mil pontos e enxurrada de balanços, construtoras têm céu de brigadeiro; veja desempenho

10 nov 2023, 17:25 - atualizado em 10 nov 2023, 17:44
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Ações de construtoras operam em alta, mesmo com balanços apontando prejuízo, queima de caixa e aumento de despesas (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

A maior parte das construtoras e incorporadoras deixou para divulgar seus resultados financeiros ontem à noite (09). Na esteira do bom desempenho do índice Ibovespa, que avança aos 120 mil pontos, os papéis das companhias do setor operam com céu de brigadeiro.

Por volta das 17h20 (de Brasília), entre as ações do setor imobiliário, as maiores altas eram da Helbor (HBOR3) e MRV (MRVE3), entre 6% e 8%.

As ações da MRV, “definitivamente baratas” segundo a Genial Investimentos, sobem ainda na esteira da discussão em cima das mudanças de regra do FGTS, na qual ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, pediu vista. Desta forma, o julgamento do colegiado será retomado em 90 dias.

Para o analista do BTG Pactual, Gustavo Cambauva, o pedido de Zanin foi positivo para o setor, uma vez que permite ao governo “ganhar tempo” para conseguir reverter a decisão.

Em linha com a MRV, as ações das construtoras do segmento baixa renda Direcional (DIRR3) e Plano&Plano (PLPL3) avançavam mais de 5%.

Sobre o balanço da Plano&Plano, a XP destaca que os resultados foram positivos, chamando a atenção para a geração de caixa, que a companhia aumentando acentuadamente para R$107 milhões, três vezes acima do visto no segundo trimestre.

“O resultado foi impulsionado pelas fortes vendas de estoques, pelo aumento acentuado do indicador de velocidade de vendas. O que deve ajudar a PLPL3 a financiar um forte volume de lançamentos à frente”, comenta a equipe de real estate da XP.

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Ações de duas construtoras destoam no dia

Em relação a Helbor, a incorporadora divulgou os resultados do terceiro trimestre, nos quais o Itaú BBA avalia como “um bom conjunto, superando as estimativas”.

O BBA destaca a receita líquida de R$ 325 milhões, 20% acima da previsão da corretora. Enquanto a margem bruta subiu 2,6 pontos percentuais (p.p.) em relação ao segundo trimestre, para 29%, também acima das estimativas.

“Os resultados foram em sua maioria sem intercorrências, uma vez que os números de geração de caixa foram bastante semelhantes às previsões de consenso”, acrescenta a equipe do BTG.

Por outro lado, as ações da Tenda (TEND3) e da Trisul (TRIS3) tem os desempenhos mais fracos no pregão, com quedas de 1%.

“O lucro líquido foi o ponto fraco. A Tenda reportou um prejuízo de quase R$ 24 milhões, menor do que o esperado. Resultado esse impactado pela margem bruta consolidada sob pressão devido ao último ciclo inflacionário dos últimos anos”, dizem os analistas da XP.

Ainda sobre a Tenda, a equipe do BBA ressalta que o resultado permaneceu em território negativo, mas saúdam “a continuação dos sinais de melhora” da construtora.

Sobre a Trisul, a XP vê os dados como neutros, embora considerem encorajadoras as vendas líquidas mais fortes. “Entretanto, os níveis mais baixos de margem bruta continuam a prejudicar a lucratividade da empresa”, diz. Enquanto o BBA chama a atenção para o aumento da alavancagem financeira.