Tecnologia

Com histórico de acusações, Microsoft revisa sua política de assédio sexual e discriminação

18 jan 2022, 10:32 - atualizado em 18 jan 2022, 12:30
Bill Gates
O fundador da Microsoft Bill Gates protagoniza um dos maiores escândalos de assédio da empresa (Imagem: REUTERS/Denis Balibouse)

A Microsoft (MSFT; MSFT34) anunciou na última quinta-feira (13) que irá revisar suas políticas de combate a assédio sexual e discriminação de gênero. A empresa de tecnologia passou anos acumulando um histórico de irregularidades e uma série de denúncias por parte de funcionários.

Além da revisão dos termos, a consultoria jurídica Arent Fox também será responsável pela elaboração de um relatório de transparência sobre a efetividade das políticas de assédio e discriminação existentes na companhia.

Caso Bill Gates

Um dos casos mais polêmicos de assédio na Microsoft envolveu o cofundador e ex-CEO da empresa Bill Gates. Nos anos 2000, o bilionário foi acusado de assediar colaboradoras de sua empresa com e-mails indiscretos, convites para jantares e outros comportamentos inadequados.

Após uma série de escândalos, o empresário renunciou a liderança da companhia em maio de 2020.

De acordo com a Arent Fox, as acusações de Gates serão revisitadas durante o processo de revisão do regulamento interno, porém, novas investigações não serão realizadas. A decisão já era discutida pelo conselho da empresa há alguns anos, que enxergavam o problema como um potencial risco aos seus investidores.

Para Satya Nadella, atual CEO da Microsoft, a revisão é “uma oportunidade de melhoria contínua”. “Estamos empenhados não apenas para inspeção do relatório, mas também com os aprendizados dessa avaliação para que possamos melhorar continuamente as experiências dos nossos colaboradores”, afirmou.

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