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Com Fávaro no Mapa, reconhecimento interno da Embrapa deve prevalecer na escolha do presidente

12 dez 2022, 8:40 - atualizado em 12 dez 2022, 11:24
Senador Carlos Fávaro
Se confirmado no Mapa, Carlos Fávaro pode aceitar presidente da Embrapa indicado pelos técnicos (Imagem: Agência Senado/ Edilson Rodrigues)

Há muito tempo que a Embrapa não tem um presidente escolhido por indicações de seus quadros técnicos ou pelo menos um nome de consenso mais amplo internamente. Pode ser desta vez, especialmente se o arranjo político prevalecer na escolha do novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O ministeriável mais cotado, o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), embora sendo produtor reconhecido, está acompanhando de perto a movimentação dentro da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Segundo fonte da equipe de transição, se ele for o preferido do presidente eleito Lula, que deve anunciar a formação do Mapa talvez nesta semana, deverá referendar um pesquisador mais reconhecido pelos quadros técnicos, como uma forma de prestigiar a Embrapa.

Até porque o atual presidente, Celso Moretti, foi escolha política do presidente Jair Bolsonaro.

Um nome que ainda circula com bastante força, desde a consagração de Lula no 2º turno, é de Marcelo Morandi, chefe da Embrapa Meio Ambiente, como Money Times já antecipou, conforme o mesmo técnico que participou do grupo temático da Agricultura.

Lembrando que Celso Moretti tem mandato até junho, o que poderia dar tempo para o novo ministro negociar internamente, de acordo com um pesquisador sênior de uma das unidades de Embrapa do Rio de Janeiro.

Porém, bolsonarista que foi, com campanha e tudo a favor da reeleição de Bolsonaro, Moretti dificilmente não renunciaria.

“Morandi é um bom nome, goza de muito respeito, mas em nossos quadros há também outras boas indicações, que resgate o prestígio da Instituição”, disse um deles.

Antes de Moretti, Sebastião Barbosa foi o presidente, por indicação do ministro de Michel Temer, Blairo Maggi, e que também teria participado da transição, porém de forma discreta, sem marcar presença oficial e que estaria ajudando, por exemplo, a indicação de Carlos Fávaro.

Barbosa era pesquisador aposentado da Embrapa Algodão, principal ativo do grupo Amaggi, da família do ex-ministro.

“Com Sebastião começou a péssima gestão da Embrapa”, criticou um dos interlocutores.

Tanto Celso Moretti quanto este não gozavam de apoio dos pesquisadores da casa.

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