Com escala da Copersucar, Vibra se defende da venda direta de etanol e do fim do combustível de bandeira
A ex-BR Distribuidora (BRDT3), Vibra Energia, irá perder margem com o avanço da adesão futura da venda direta de etanol das usinas aos postos e com a desobrigatoriedade da sua rede em se abastecer exclusivamente com o biocombustível de sua marca, mas tratou de correr atrás de uma compensação garantindo mais escala.
O anúncio de criação da joint venture com a Copersucar vai absorver o etanol hidratado da cooperativa – entre 4,5 e 5 bilhões de litro -, enxugando um pouco mais o biocombustível que seria destinado às demais distribuidoras, e, de quebra, ajudará a desestimular voo solo de qualquer das 33 usinas filiadas.
Se não nasceu diretamente com o propósito de contrabalançar a Medida Provisória que autorizou o novo mandato para o etanol no Brasil, que também afetará as gigantes Raízen (RAIZ4) e Ipiranga, a Empresa Comercializadora de Etanol (ECE) vai ser um bom teste, carregando biocombustível garantido e a custos menores.
E ainda vai se beneficiar podendo vender para outras redes de postos.
A capacidade de distribuição informada da Vibra, atualmente, é de 6 a 6,5 bilhões de litros, e agora com a joint venture passará a ser maior comercializadora do renovável no Brasil.