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Com dólar nas alturas, mineradora converte dividendos para real; veja tamanho da bolada

04 jul 2024, 18:57 - atualizado em 04 jul 2024, 21:05
Aura Minerals
Considerando a cotação de R$ 5,46, os detedores dos BDRs da empresa irão receber R$ 1,90

A Aura Minerals (AURA33), que possui sede fora do país, converteu o pagamento dos dividendos de US$ 0,35 por ação anunciado no dia 7 de junho. A empresa é negociada na bolsa brasileira por meio de BDRs e, por isso, o pagamento é feito via moeda norte-americana.

Considerando a cotação de R$ 5,46, os detentores dos BDRs da empresa irão receber R$ 1,90 por ação. A data de pagamento será dia 9 de julho, sendo que as ações passaram a ser negociadas ‘ex-dividendos’ em 21 de junho.

O dólar disparou nos últimos meses, chegando a bater R$ 5,70, em meio à piora do cenário fiscal, falas de Roberto Campos e o presidente Lula e alta dos rendimentos dos títulos públicos americanos.

Aura Minerals, uma das maiores pagadoras de dividendos do setor de ouro

A Aura Minerals já é a maior pagadora de dividendos do mundo entre mineradoras de ouro, afirmou o CEO Rodrigo Barbosa em entrevista ao programa Money Minds, realizado pelo Money Times. Segundo o executivo, em 2021, por exemplo, retorno de dividendos bateu em 13,5%.

Veja a entrevista completa abaixo:

Você pega 2022, 2023, também mantemos o nosso pagamento de dividendos que somou, junto a recompra de ações, cerca de 6,5% ao ano em 2022 e 2023, também nos mantendo entre os maiores pagadores de dividendos no setor de ouro no mundo”, explica.

De acordo com Barbosa, a estratégia da empresa é crescer mantendo a remuneração ao acionista. Ele lembra que grandes pagadores de dividendos são normalmente empresas que já alcançaram o seu nível de maturidade e, portanto, podem utilizar o excesso de caixa para pagar dividendos. Outras vezes, as empresas usam o próprio caixa para poder crescer.

“No caso da Aura, que é algo muito único no setor, a gente montou um portfólio com operações que estão gerando caixa, projetos de rápida maturação, rápida reciclagem de capital e, quando sequenciado, somado às operações, não consome extrema parte do nosso balanço e permite a gente, então, pagar dividendos enquanto cresce. Já somos um grande pagador de dividendos”, garante.

Atualmente, a política considera 20% do Ebitda menos o capex recorrente.

Barbosa também cita os investimentos. Entre as aquisições recentes da empresa, estão Almas, por US$ 74 milhões, Borborema, por US$ 50 milhões, além de aporte de US$ 180 milhões na mina, que fica localizada no Rio Grande do Norte. “E ainda terminamos o último trimestre com mais de 200 milhões de dólares no caixa e uma alavancagem abaixo de 0,7 vezes o Net Debt, a dívida livre sobre a Ebitda”, explica.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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