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Com dois executivos afastados, Cofco inicia auditoria no Brasil

03 dez 2019, 9:11 - atualizado em 03 dez 2019, 9:11
A empresa quer saber se o problema, causado pelo uso contínuo de sistemas antigos, resultou em perdas, disseram as pessoas (Imagem: REUTERS/Thomas Peter)

A Cofco International determinou uma auditoria interna de suas contas no Brasil e dois dos principais executivos no país continuam afastados, segundo pessoas a par do assunto.

O braço de trading global da gigante de alimentos da China decidiu fazer uma revisão das operações diante da rápida expansão da unidade brasileira, a maior da empresa, que teria perdido o controle de parte das finanças, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas porque as informações são confidenciais.

A empresa quer saber se o problema, causado pelo uso contínuo de sistemas antigos, resultou em perdas, disseram as pessoas.

A Cofco disse no mês passado que Valmor Schaffer, diretor-gerente da unidade de grãos e oleaginosas no Brasil, e o diretor financeiro regional, Wander Meyer, entraram de licença, mas não quis comentar o motivo. O destino dos executivos, que mostraram grandes divergências trabalhando juntos, será decidido em breve, disseram as pessoas.

A unidade da Cofco no Brasil, que responde por quase 70% dos funcionários da empresa, cresceu muito rápido e os controles financeiros apresentaram problemas devido ao uso de sistemas antigos, disseram as pessoas.

Os sistemas foram herdados com a integração da trading de grãos holandesa Nidera e da unidade agrícola da Noble Group, empresas adquiridas pela controladora Cofco Corp.

A Cofco gastou cerca de US$ 4 bilhões nas duas aquisições para criar uma trading global capaz de competir com a Archer-Daniels-Midland, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus, tradings tradicionais que dominaram a indústria no último século. Desde então, a Cofco tem enfrentado perdas devido às práticas irregulares de um trader em biocombustíveis e a descoberta de um rombo financeiro no Brasil.

Um porta-voz da Cofco International disse em resposta a perguntas que os dois executivos permanecem de licença e não quis fazer outros comentários.

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bloomberg@moneytimes.com.br
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