Petróleo

Com disparada semanal de 16%, petróleo vira dor de cabeça eleitoral para Bolsonaro

07 out 2022, 18:08 - atualizado em 07 out 2022, 18:10
bolsonaro
Disparada de última hora do petróleo vira dor de cabeça para Bolsonaro (Imagem: Shutterstock/Montagem Julia Shikota

O petróleo engatou a sétima alta consecutiva nesta sexta-feira (7), com os mercados pressionados pela restrição de oferta anunciada pela Opep+. O cartel concordou em diminuir em 2 milhões de barris por dia a produção da commodity, dando resposta ao movimento de queda que durava quatro meses.

Às 17h30, o WTI (referência americana) e o Brent (referência internacional) futuros operavam em alta de 4,74% e 4,04%, respectivamente.

Com o resultado do dia, o petróleo tipo Brent, utilizado pela Petrobras (PETR4) para estipular o preço dos derivados nas refinarias, se aproxima a passos largos da marca dos US$100/barril, reencontrando-a após dois um mês e meio de recuo.

O corte de produção e o recrudescimento da crise geopolítica envolvendo Rússia e a Europa Ocidental fizeram o banco Goldman Sacks aumentar significativamente a sua projeção para o preço do petróleo em 2022, aos US$ 104/barril.

Defasagem de diesel e gasolina é próxima de 10%

De acordo com o levantamento feito pela Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem da gasolina e do diesel estão, respectivamente, em 9% e 11%. No caso da gasolina, isso equivale a dizer que, considerando o preço de venda atual, a Petrobrás está perdendo R$0,32 por litro de combustível vendido; já no caso do diesel, essa perda é de R$0,62.

A súbita alta do petróleo virou um problema eleitoral para Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição no próximo dia 30 de outubro. De acordo com veículos da imprensa brasileira, diretores da Petrobrás foram pressionados pelo Executivo para manter os preços médios até a conclusão do segundo turno.

Segundo a ANP, os preços médios do diesel e da gasolina estão, respectivamente, em R$4,89 e R$3,53.

Represament0 de preço pode significar mais inflação adiante

O que começa a afligir os mercados é  a possibilidade de um pico inflacionário como consequência do represamento de preços em outubro. A queda dos combustíveis foi uma das grandes responsáveis pela deflação registrada pelo IPCA desde julho, um fato amplamente explorado pela campanha do atual presidente em seu esforço eleitoral.

Outro ponto de preocupação também é a possibilidade parcial de desabastecimento no país, à medida que preços desajustados implicam em absorção de prejuízos na ponta dos produtores.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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