Consumo

Com Dia dos Namorados inflacionado, saiba de quais produtos fugir

12 jun 2024, 10:00 - atualizado em 11 jun 2024, 15:04
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Inflação continua influenciando escolha no Dia dos Namorados, com alta destaque para o preço dos livros (Imagem: Artem Kevorkov de Getty Images)

O dia mais romântico do ano chegou, mas as notícias não são tão boas assim para os pombinhos.

O Dia dos Namorados, comemorado no dia 12, pode ser mais pesado do que outros para o bolso daqueles que irão comemorar.

Isso porque, segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), com base em 25 produtos e serviços do IPC-S, houve um aumento médio de 1,16% nos últimos 12 meses no preço dos itens mais procurados para a data.

Entre as altas da cesta dos itens mais comuns para o Dia dos Namorados, o destaque fica para a inflação do setor de serviços, que subiu 4,14%. Itens como cinema ficaram 4,68% mais caros, além de hotel/motel (4,52%) e salão de beleza (4,46%).

Inflação continua a pesar, mesmo no Dia dos Namorados

De acordo com Matheus Dias, economista do FGV Ibre, a inflação do setor está tipicamente mais associada ao grau de rigidez dos custos do setor e à dinâmica da atividade econômica, citando o rendimento médio real de 2023, de 7,5%, em comparação com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) durante o mesmo período, que cresceu 2,9%.

“Em conjunto, esses fatores explicam o processo de pressão nos preços de serviços de lazer, hospedagem e cuidados pessoais”, afirma Matheus.

Para os produtos que são geralmente escolhidos como presente, a cesta apresentou queda média de 1,31%, com destaque para sabonete (-7,25%), xampu, condicionador e creme (-2,59%) e perfume (-2,02%).

Os produtos eletrônicos também apresentaram reduções nos preços, de 4,38%, o mesmo movimento foi observado em computadores e periféricos (os dispositivos instalados junto ao computador), que tiveram queda nos preços de, em média, 4,06%.

Já para os presentes mais desejados, o movimento foi contrário, de alta. Destaca-se o aumento no preço de livros, de 4,86%, relógio (+4,16%), produtos para barba (+4,15%) e cintos e bolsas (+2,11%).

“O aumento da taxa Selic, combinado com a alta da inflação, leva o consumidor a ser mais cauteloso em suas compras. Prioriza-se itens essenciais, enquanto a aquisição de itens como celulares e computadores é adiada”, afirma Dias.

Ontem (11), o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A inflação medida pelo índice subiu 0,46% em maio, subindo em relação aos anteriores 0,38% de abril.

A pressão foi exercida principalmente pelas altas nos preços de alimentos e bebidas, que avançaram 0,62% em comparação com o mês anterior. Uma das formas preferidas de comemorar o Dia dos Namorados, comer fora de casa, também aumentou, apresentando alta de 0,50%, segundo o IPCA.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
giovanna.pereira@moneytimes.com.br
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