Com contas bloqueadas, partido não ainda sabe como pagará salário de Bolsonaro
Em novembro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou uma multa de R$ 22 milhões ao PL, partido do então presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de tumultuar o processo eleitoral.
Na ocasião, o partido, comando por Waldemar da Costa, entrou com uma ação na corte pedindo a anulação de parte dos votos das eleições para presidente e que Bolsonaro fosse considerado vencedor. Por entender que o pedido não tinha provas, o ministro determinou a multa e o bloqueio das contas do partido.
Em dezembro, Moraes liberou mais de R$ 1 milhão das contas para que o PL pagasse funcionários e dívidas com prestadores de serviços.
Com as verbas bloqueadas, o partido não sabe ainda como pagará o salário ao agora ex-presidente. O PL mudou seu estatuto e deu o cargo de presidente de honra a Jair Bolsonaro. Como membro da executiva do partido, o ex-presidente terá direito a salário de R$ 39 mil e escritório em Brasília.
Segundo interlocutores, o partido deve iniciar uma campanha de doação aproveitando a popularidade de Bolsonaro para honrar o pagamento prometido. O ex-presidente ainda receberá cerca de R$ 12 mil como capitão reformado do exército brasileiro e R$ 30 mil como ex-parlamentar.
Como ex-presidente, Bolsonaro tem direito a 8 servidores, além de segurança, sendo que 4 já foram nomeados e estão nos Estados Unidos, onde o político viajou antes do final do ano com a família.