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Com condições macro melhorando, BB Investimentos tem visão mais otimista sobre Klabin

26 nov 2019, 15:47 - atualizado em 26 nov 2019, 15:48
Segundo a analista Gabriela E. Cortez, o BB Investimentos mantém a visão mais otimista sobre a Klabin para o médio e longo prazo (Imagem: Reprodução/YouTube Klabin)

O BB Investimentos segue confiante com a tese de investimento da Klabin (KLBN11). Após participar do Klabin Day na última sexta-feira (22), em que ouviu detalhes sobre os avanços do Projeto Puma II e as expectativas para a companhia para 2020, o banco concluiu que os direcionadores de mercado para os negócios da companhia devem se fortalecer no próximo ano ao passo que a economia doméstica melhora.

“Com a percepção do mercado melhorando, os pedidos da empresa parecem responder. De acordo com a administração, as vendas de caixas de papelão ondulado bateram recorde em outubro, e novembro deve repetir o feito”, avaliou a analista Gabriela E. Cortez. “Para o médio e longo prazo, mantemos a visão mais otimista”.

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Fluxo de Caixa Livre

O Fluxo de Caixa Livre (FLC) da Klabin deve ficar negativo nos próximos três anos, estima o BB Investimentos. O principal motivo está nos avanços do projeto Puma II.

“Entretanto, dado que o financiamento para o projeto já foi levantado e, mesmo que nosso modelo conte com preços de celulose para 2020 em US$ 455/tonelada, o que deve limitar a expansão de geração de caixa para o negócio de celulose, acreditamos que a empresa seja capaz de honrar seus compromissos e manter sua política de dividendos de 20% do Ebitda”, complementou o banco.

O projeto está adiantado, com 9,5% do primeiro estágio concluído. O prazo médio da dívida da companhia ficou em 95 meses.

No início do ano, a empresa conseguiu levantar R$ 1 bilhão em debêntures e mais US$ 1 bilhão em bonds (Green Bonds). Somado a isso, US$ 800 milhões vieram de IDB Invest e IFC, US$ 245 milhões de ECA Finnvera e R$ 3 bi do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Posteriormente, a Klabin anunciou a liquidação antecipada do empréstimo levantado com o BNDES em 2014 para o Puma I no valor de R$ 2,4 bilhões.

Celulose

Na visão do BB, o segmento de celulose pode apresentar sinais de retomada com a melhora no consumo de tissue e produtos de embalagem (Imagem: Paulo Fridman/Bloomberg)

Na visão do BB, o segmento de celulose pode apresentar sinais de retomada com “(i) a melhora no consumo de tissue e produtos de embalagem, o que compensaria a queda em papéis de Impressão e Escrita (IE) e outros segmentos, (ii) a restrição do uso de papéis recicláveis na China e (iii) o avanço do e-commerce em economias desenvolvidas e em desenvolvimento”.

Sobre embalagens e papel ondulado, Cortez ressalta que o consumo brasileiro per capita ainda é baixo (aproximadamente 18kg) quando comparado a outras economias, o que daria espaço para futuras oportunidades de crescimento.

O BB traz recomendação outperform para as ações da Klabin, com preço-alvo para o fim de 2020 de R$ 22 e potencial de valorização de 24%.