Com cisão, TIM (TIMS3) quer maximizar valor e cortar dívida
A Telecom Italia (TIM) seguirá um plano para cindir sua rede fixa de suas operações de serviço para maximizar o valor dos ativos para os acionistas e reduzir suas dívidas, disse o chefe da empresa neste domingo.
Sob pressão há anos em seu mercado doméstico ferozmente competitivo, o antigo monopólio de telefonia da Itália está buscando renovar seus negócios por meio da separação de seus ativos de rede fixa doméstica para se concentrar em atividades comerciais e de consumo.
Como parte de um pacto preliminar selado com o banco estatal italiano CDP na semana passada, os ativos de rede da TIM Brasil (TIMS3) seriam combinados com os da rival de banda larga Open Fiber para criar uma empresa de rede nacional de propriedade majoritária da CDP.
A nova entidade de rede assumiria uma parcela significativa da dívida e do pessoal doméstico da TIM.
Mas o principal investidor da TIM, Vivendi, cujo apoio é fundamental para que qualquer negócio seja concretizado, disse que está pronto para avaliar outras oportunidades se o valor da rede não for reconhecido.
“O mais importante é maximizar o valor de todos os ativos no interesse dos acionistas”, disse o presidente da Telecom, Pietro Labriola, falando se a postura do gigante da mídia francesa poderia prejudicar o projeto. A CDP, que é o segundo maior investidor da TIM com 10% de participação, também possui 60% da Open Fiber.
Falando num evento em Trento, Labriola se recusou a dizer se a TIM considera uma saída total de seus negócios de rede fixa com uma venda definitiva. Ele ressaltou que qualquer cisão tem que cortar a dívida líquida de 23 bilhões de euros da TIM.
“Parece-me que todas as partes estão interessadas em entender com rapidez suficiente se o plano é viável”, disse Labriola, acrescentando que a criação de uma única rede de fibra pode ser concluída em 12 a 18 meses.
Labriola, que assumiu o comando da empresa em janeiro, deve apresentar em 7 de julho um plano trienal que terá como foco o desmembramento das operações da TIM.
A KKR decidiu se juntar ao projeto TIM-CDP após a TIM rejeitar a proposta de 10,8 bilhões de euros do fundo para obter o controle da TIM e deslistá-la antes de dividir seus ativos fixos e de serviços.
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