Com Ciro em modo Bolsonaro, senha para altas do etanol e da gasolina depois do feriado
As condições do etanol hidratado na quinta-feira dependerão de como estará a movimentação das rodovias e de como o mercado entenderá a reação da Petrobras (PETR4), agora que o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou, mas deixou que o reconhecimento da derrota viesse pelo seu ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), a bem dizer.
Fica a expectativa de que os bloqueios desapareçam, junto com ações mais decisivas das polícias estaduais e da Rodoviária Federal (PRF). O fluxo de abastecimento voltando ao normal pode fazer com os que os agentes da cadeia aproveitem para aumentar suas margens.
Sem o risco de endurecimento do presidente e afastado algum risco institucional, a estatal deve se sentir livre para reajustar a gasolina, em defasagem, antes do término do governo. E também estimula a formação de preços no mercado, antecipadamente, puxando igualmente o hidratado.
Nesta terça, o viés de alta se manteve nas usinas e nas distribuidoras, mas com nenhuma liquidez diante das multiplicações dos bloqueios pelos caminhoneiros golpistas.
E como há certo atraso na moagem e na produção do mix das usinas, diante das chuvas, seguirá risco de o etanol continuar acima da paridade de preços viável na comparação com a gasolina.
Martinho Ono, da SCA Trading, vê o renovável em 74% do preço do combustível concorrente, ou seja, já ultrapassou a média vista como teto, de 70%.
Ou seja, seguindo os três últimos dias, até segunda, o litro deverá se manter mais valorizado nas distribuidoras e fechar a semana, nas usinas, recuperando a queda da semana anterior, de 1,40%, segundo o Cepea.
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