Com China comprando menos soja, M. Dias Branco fará bem mais com menos
Os chineses apresentaram um baita apetite por soja no mês passado, ao passo que as importações do grão pelo país asiático disparam 11,6% em junho, ante maio, conforme dados alfandegários divulgados nesta semana.
Porém, a China deve frear as compras da commodity a partir do segundo semestre, o que pode beneficiar as operações da M. Dias Branco (MDIA3), companhia agro do setor alimentício, dona de conhecidas marcas como Adria, Piraquê, Vitarella, entre outras.
A China reforça a tendência de ressurgimento da demanda no maior comprador de soja do mundo, enquanto se esforça para atender a demanda de farinha de trigo para seus rebanhos de suínos.
No entanto, as importações de soja da China podem cair entre julho até dezembro, já que as margens de moagem ficaram negativas, disseram dois analistas que acompanham o mercado.
A Ágora Investimentos enxerga uma janela de oportunidade à M. Dias Branco com os chineses fora da jogada, de acordo com relatório obtido pelo Money Times.
“As margens dos produtores de suínos na China ficaram negativas em junho e continuam pressionadas, o que também apresenta risco de queda para a demanda de grãos no 2° semestre e em 2022″, explicam os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França, que assinam a recomendação.
A baixa lucratividade pode forçar os produtores chineses a cortar a produção de suínos — atividade que requer grãos para alimentar os animais.
“O cenário de menor demanda da soja poderia suportar menores custos relacionados a grãos — o trigo representa cerca de 45% de seus custos totais da companhia”, conclui a dupla da Ágora.
Veja a seguir a recomendação Ágora Investimentos no setor de alimentos:
Empresa | Código | Recomendação | Preço-alvo (R$) |
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M. Dias Branco | MDIA3 | Compra | 34 |