Com cena externa indefinida, Ibovespa futuro abre a sessão com leve alta
Por Investing.com – O índice futuro do Ibovespa inicia a sessão desta terça-feira com leve valorização de 0,19%, aos 78,712 pontos, em dia marcado por indefinição dos rumos dos mercados acionários da Europa e de valorização dos índices futuros de Wall Street.
O mercado segue atento às questões das disputas comerciais entre Estados Unidos e China e também na crise que envolve a Turquia e sua moeda. Esses fatores geram instabilidade nos mercados, que ainda buscam a segurança em ativos de menor risco.
A agenda americana não traz indicadores de destaque para sessão, com os dados principais sendo divulgados apenas amanhã, como os números da Produção Industrial e dos Estoques de Petróleo.
Em junho, o volume de serviços no Brasil subiu 6,6% (série com ajuste sazonal), recuperando-se da queda de 5,0% registrada em maio – quando ocorreu a greve dos caminhoneiros. Esse foi o maior resultado da série histórica iniciada em janeiro de 2011. Em relação a junho de 2017 (série sem ajuste sazonal), o volume de serviços avançou 0,9%, segunda taxa positiva do ano nessa comparação. Com isso, houve redução no ritmo de queda do acumulado do ano, que passou de -1,3% em maio para -0,9% em junho. Já o acumulado nos últimos doze meses passou de -1,6% em maio para -1,2% em junho, mantendo a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017 (-5,1%).
O mercado segue atento também ao cenário eleitoral e aos últimos balanços da safra do segundo trimestre do ano.
Bolsas Internacionais
Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,28 por cento, a 22.356 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,66 por cento, a 27.752 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,17 por cento, a 2.781 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,51 por cento, a 3.373 pontos.
Na Europa, com os mercados em operação, o DAX, de Frankfurt, tem ganhos de 0,17%, aos 12.379,84 pontos, enquanto que o FTSE, de Londres, recua 0,09% aos 7.636,27 pontos. Em Paris, o CAC soma 0,14%, aos 5.419,59 pontos.
Commodities
A jornada desta terça-feira, na bolsa chinesa de mercadorias de Dalian, foi marcada pela queda importante de 1,07% nos contratos futuros do minério de ferro, com data de vencimento em janeiro de 2019. Dessa forma, o ativo encerrou a sessão cotado a 506,50 iuanes para cada tonelada da commodity, o que representa perdas de 5,50 iuanes no decorrer dos negócios de hoje.
Por outro lado, o dia foi positivo para a maior parte dos contratos do vergalhão de aço, transacionados na bolsa de mercadorias de Xangai. O ativo de maior volume de negócios, com data de vencimento em outubro, teve alta de 48 iuanes, para um total de 4.327 iuanes para cada tonelada do produto. O segundo contrato de maior liquidez, para janeiro, apresentou valorização de 28 iuanes, para um total de 4.133 iuanes por tonelada.
Para o petróleo, a sessão é de valorização nas principais praças. Em Nova York, o barril do tipo WTI é negociado com ganhos de 1,06%, ou US$ 0,71, a US$ 67,91. Já do outro lado do oceano, em Londres, o barril do tipo Brent, soma 1,06%, ou US$ 0,77, a US$73,38.
Mercado Corporativo
O Grupo São Martinho (SMTO3), um dos mais tradicionais do setor sucroenergético brasileiro, reportou nesta segunda-feira lucro líquido de 104 milhões de reais no primeiro trimestre da safra 2018/19 (abril a junho), queda de 11 por cento na comparação anual, em meio a uma menor receita com açúcar e carregamento de estoques de etanol para venda futura.
A geração de caixa da companhia, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), foi de 401,4 milhões de reais no trimestre, queda de 15,6 por cento ante igual período da temporada passada.
A receita líquida da empresa, que conta com quatro usinas nos Estados de São Paulo e Goiás, foi de 771,2 milhões de reais no trimestre, recuo de 11,1 por cento.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) espera apresentar até o fim do mês a minuta de uma nova resolução para aumentar a transparência na variação dos preços de derivados do petróleo no Brasil. Segundo o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, entre as medidas estudadas está a proibição da antecipação dos reajustes. As alterações passariam a ser divulgadas necessariamente em tempo real.
Além disso, a ideia é não permitir que as empresas fixem uma periodicidade para divulgação dos preços e determinar que os dados sejam divulgados para cada ponto de venda. A proposta deverá ser submetida a uma consulta pública antes de ser aprovada pelo órgão. A expectativa é de que todo o processo seja concluído até o final de setembro, quando as regras definidas passariam a vigorar.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta segunda-feria que teve lucro líquido de 2,7 bilhões de reais no segundo trimestre, um salto de 178 por cento ante mesma etapa do ano passado.
Segundo o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, o lucro do primeiro semestre (4,7 bilhões de reais), ante 1,3 bilhão no mesmo período de 2017, foi o melhor para o período desde 2014 e foi impulsionado por venda de participações em empresas, redução em provisão de risco e intermediação financeira. A inadimplência acima de 90 dias do banco, fechou o primeiro semestre em 1,45 por cento ante 2,08 por cento um ano antes.
No semestre, o banco vendeu participações na Eletropaulo (ELPL3), operação na qual levantou 1 bilhão de reais. Com os papéis da Petrobras (PETR4), o banco levantou 1,8 bilhão de reais e sua fatia na empresa saiu de 16,54 para 15,24 por cento.
O desafio de garantir segurança na oferta e preços baixos na conta de luz e nos combustíveis está diretamente relacionado à ampliação das chamadas fontes limpas de energia, como eólica, solar, biomassa, biocombustíveis, entre outras. Essa é a avaliação do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, em entrevista exclusiva a veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta terça-feira (13), em que analisou o cenário do setor no país.
“Nós temos algumas iniciativas importantes. O programa Renovabio [Polícia Nacional de Biocombustíveis] é reconhecido internacionalmente, tem metas extremamente ousadas. Estamos empenhados em garantir energia limpa, o que significa ir exluindo as fontes poluentes que têm sido causa de grandes transtornos ambientais”, afirma.
A principal meta do Renovabio, que entrou em vigor este ano, é reduzir em 10% as emissões de carbono na matriz de combustíveis do país, passando dos atuais 74,25 gramas de gás carbônico por megajoule (g CO2/MJ) para 66,75 g CO2/MJ, o que corresponde à retirada de 600 milhões de toneladas de carbono da atmosfera até 2028. Isso deve expandir o mercado de etanol e biodiesel.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (13) o reajuste nas tarifas da empresa Luz e Força Santa Maria, que atende a 11 municípios no Espírito Santo. O reajuste médio será de 14,32% e começa a valer a partir de 22 de agosto.
Para os consumidores residenciais, atendidos na baixa tensão, o efeito médio será de 14,1%. Já para os consumidores atendidos na alta tensão, o efeito médio será de 15,10%.
Além da Luz e Força Santa Maria, a Aneel aprovou também o aumento nas conta de luz da Celesc (CLSC4) Distribuição. A empresa foi autorizada a aplicar aumento tarifário médio de 13,86%. O reajuste terá efeito médio de 15,05% para os consumidores em alta tensão e de 13,15% para os de baixa tensão.
A Ceslesc atende a cerca de 2,9 milhões de consumidores em Santa Catarina. As novas tarifas serão aplicadas a partir de 22 de agosto.
O grupo de telecomunicações em recuperação judicial Oi (OIBR4) teve prejuízo líquido de 1,233 bilhão de reais no segundo trimestre, queda de 70,4 por cento ante o resultado negativo de 4,162 bilhões de reais referente ao mesmo período do ano passado.
A companhia teve resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina de 1,563 bilhão de reais, ante 1,617 bilhão de reais apurado no segundo trimestre do ano passado, quando a empresa deu entrada em seu pedido de recuperação judicial.
Agenda de Autoridades
A terça-feira a de Michel Temer tem início com reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Em seguida, também com Guardia, recebe os ministros Moreira Franco (Minas e Energia) e Grace Mendonça (Advogada-Geral da União).
Mais tarde, o presidente se reúne com Robson Braga de Andrade, Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e participa, na parte da tarde da solenidade de Sanção da Lei de Proteção de Dados Pessoais
A agenda oficial do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, traz a reunião com o presidente Temer. Na parte da tarde, o titular da pasta participa da reunião semanal do Banco Central do Brasil. Em seguida, recebe o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). De noite, participa da solenidade de posse da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber.
Com Reuters.