Mercados

Com cena externa favorável, futuros do Ibovespa abrem com valorização

04 jan 2019, 9:13 - atualizado em 04 jan 2019, 11:06

Por Investing.com – Seguindo a tendência positiva dos mercados externos, o índice futuro do Ibovespa inicia a jornada desta sexta-feira com valorização de 0,65% aos 92.175 pontos, com a cena externa aumentando o otimismo dos investidores.

O primeiro-ministro chinês Li Keqiang afirmou mais cedo que a China cortaria a taxa de compulsório dos bancos, o que foi mais tarde anunciado pelo banco central do país.

A China e os Estados Unidos vão realizar negociações comerciais em nível vice-ministerial em Pequim, durante os dias 7 e 8 de janeiro, na tentativa de encerrar uma disputa que está causando cada vez mais impactos sobre as economias e afetando os mercados financeiros globais.

A agenda americana traz como principal destaque nesta sexta-feira os números oficiais do mercado de trabalho local. A aposta que é em dezembro tenham sido gerados 178 mil novos postos de trabalho, contra 155 mil de novembro, fazendo com que a taxa de desemprego se mantenha em 3,7%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo terminou dezembro com alta de 0,09 por cento, acumulando em 2018 avanço de 3,02 por cento, com destaque para o avanço dos preços de Saúde, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Em 2017, o IPC-Fipe acumulou alta de 2,27 por cento. Em 2018, os preços de Saúde foram os que mais subiram, 6,61 por cento, seguidos pela alta acumulada de 5,08 por cento de Alimentação.

Os preços da indústria variaram -1,54% em novembro, resultado inferior ao de outubro (-0,68%). Na mesma comparação, 11 das 24 atividades tiveram variações positivas de preços, contra 8 no mês anterior. Em novembro de 2017, o resultado foi 1,40%. O acumulado no ano chegou a 11,47% e nos 12 meses, a 11,94%.

Bolsas Internacionais

Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 2,26 por cento, a 19.561 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 2,24 por cento, a 25.626 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 2,05 por cento, a 2.514 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 2,40 por cento, a 3.035 pontos.

Na Europa, as principais praças operam também com ganhos. Em Frankfurt, o DAX registra valorização de 1,73% aos 10.596 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE soma 1,09% aos 6.766 pontos. Já em Paris, o CAC tem avanço de 1,36% aos 4.674 pontos.

Commodities

A jornada desta sexta-feira na bolsa de mercadorias de na China foi marcada pela valorização dos preços dos contratos futuros do minério de ferro. O ativo de maior liquidez, para maio deste ano, tive avanço de 3,23%, encerrando assim o dia a 511,00 iuanes por tonelada, o que representa um avanço diário de 16 iuanes.

A sessão também foi positiva no caso dos ativos do vergalhão de aço, transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato com maior volume de negócios, para o mês de maio, registrou ganhos de 66 iuanes para um total de 3.486 iuanes por tonelada. O segundo mais negociado, para janeiro, somou 15 iuanes, para um total de 3.866 iuanes.

O dia também se mostra positivo para os preços do petróleo. O barril do tipo WTI, referência de Nova York, soma 1,59%, ou US$ 0,75, a US$ 47,84. Já em Londres, o Brent registra ganhos de 1,54%, ou US$ 0,75, a US$ 56,81.

Mercado Corporativo

A Petrobras (SA:PETR4) anunciou nesta quinta-feira redução de 0,94 por cento no preço médio da gasolina comercializada em suas refinarias a partir de sexta-feira, para 1,4537 real por litro, o menor patamar desde outubro de 2017.

Nesta quinta-feira, a gasolina da estatal foi vendida a 1,4675 real por litro.

O valor apontado para sexta-feira é o menor desde a cotação de 1,4501 real por litro vista em 25 de outubro de 2017. O corte no preço anunciado pela companhia ocorre após nova queda do dólar ante o real, um dos parâmetros utilizados pela empresa em sua sistemática de reajustes.

Os preços no mercado livre de eletricidade dispararam nos últimos dias, em meio a uma frustração de expectativas com os volumes de chuva na região das hidrelétricas no país, segundo especialistas.

As perspectivas começaram promissoras para os reservatórios em dezembro, mas recuaram fortemente a partir da metade do mês e tiveram um mau início em janeiro, disseram eles.

A geração hídrica é a principal fonte de energia do Brasil, o que faz a hidrologia influenciar fortemente nos preços, principalmente no mercado livre, onde grandes consumidores, como indústrias, negociam contratos de suprimento diretamente com os fornecedores.

Assim, a confirmação de um cenário hidrológico mais pessimista poderia pressionar ainda mais custos no mercado livre ou até aumentar as chances de sobretaxas para os consumidores residenciais, ao acionar a cobrança das chamadas bandeiras tarifárias na conta de luz, embora riscos de suprimento sejam descartados por ora.

A Petrobras é credora na renegociação do contrato da cessão onerosa com o governo federal, e a questão agora é definir o valor e forma como a estatal será ressarcida, disse nesta quinta-feira o ministro de Minas Energia, Bento Albuquerque.

Após cerimônia de posse do novo presidente da Petrobras, o ministro afirmou esperar ter no prazo de cem dias uma solução sobre como pagar a Petrobras na atualização do contrato.

“O que discutimos é a forma e o montante…”, afirmou ele a jornalistas.

No contrato da cessão onerosa, assinado em 2010, a Petrobras pagou à União 74,8 bilhões de reais pelo direito de explorar até 5 bilhões de barris de óleo equivalente em determinada área do pré-sal.

Mas uma renegociação do contrato estava prevista desde o início, após a declaração da comercialidade das áreas, considerando preços do petróleo e taxa de câmbio.

ssada a temporada de compras de Natal, varejistas no Brasil se movimentam para liquidar os estoques remanescentes com ações promocionais tanto no comércio eletrônico quanto nas lojas físicas a partir desta semana, visando impulsionar as vendas e compensar a ausência de eventos sazonais no primeiro trimestre do ano.

Uma das redes que fazem promoções neste início de ano é o Magazine Luiza (SA:MGLU3.SA), que nesta quinta-feira fechou todas as 937 lojas espalhadas pelo Brasil em preparação para a chamada “Liquidação Fantástica” na sexta-feira, que promete descontos de até 70 por cento.

“Temos esse ano 20 por cento a mais de estoque em relação ao ano passado e faremos a promoção em todas as lojas, incluindo as 100 que abrimos no ano passado e participarão da liquidação pela primeira vez”, disse à Reuters o vice-presidente comercial e de operações do Magazine Luiza, Fabrício Bittar Garcia.

Segundo ele, a companhia espera comercializar o equivalente a 15 dias de venda nesta sexta-feira e filas de consumidores já devem começar a se formar em algumas lojas do interior do Estado de São Paulo e do Nordeste a partir desta quinta-feira.

A Petrobras permanecerá com foco voltado para a exploração e produção de grandes campos de petróleo em águas profundas e buscará acelerar a extração, afirmou nesta quinta-feira o novo presidente da petroleira, Roberto Castello Branco, acrescentando que as parcerias serão bem-vindas durante a sua gestão.

Em cerimônia de posse no cargo, o executivo ressaltou que “o relevante é ser forte e não ser gigante” e declarou que monopólios são “inadmissíveis” em sociedades livres. Mas ele também disse que a privatização da holding Petrobras não está em pauta.

“Diante da preocupação com a mudança climática e a tendência de eletrificação, vamos acelerar a produção de petróleo para que nossas reservas tenham o melhor aproveitamento possível”, afirmou Castello Branco, destacando que essa será uma prioridade.

Pelo plano de negócios atual, a produção de petróleo da empresa no Brasil deverá superar 2,8 milhões de barris ao dia, em média, em 2023, ante 2,1 milhões de barris esperados para 2018.

A devolução pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de mais 200 bilhões de reais ao Tesouro Nacional, como sugerido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, pode achatar os investimentos no país e reduzir o papel do banco na economia, disse um representante dos funcionários da instituição.

Em seu discurso primeiro discurso após empossado como ministro da Economia, Guedes defendeu na véspera a devolução dos recursos ao Tesouro e o que ele chamou de desestatização do mercado de crédito no país.

“É inviável, é equivalente a falar que vai acabar com o BNDES”, afirmou o vice-presidente da Associação de Funcionários da instituição, Arthur Koblitz.

“Está todo mundo muito preocupado, a gente não quer acreditar que quem vai assumir a diretoria do banco vai assumir com essa agenda”, continuou. “Se esses 200 bilhões acontecerem é para liquidar o BNDES.”

Com Reuters.

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