Com boa atuação no mercado doméstico, Azul diversifica para gerar mais receita; veja análise
A Azul (AZUL4) deve manter sua estratégia como operadora única ou líder na maior parte de suas rotas, avaliou a XP Investimentos, após participar do Azul Investor Day 2019. Ainda assim, a companhia aérea irá atuar em outras linhas para gerar mais receitas – dentre elas as de operação de carga e do programa de fidelidade TudoAzul.
A corretora citou a importância do aeroporto de Guarulhos (GRU) para a companhia. Além de aumentar a visibilidade da Azul para clientes de São Paulo, o local é um bom ponto para aumentar a conectividade com os players internacionais.
O UBS também destacou a capacidade de expansão agressiva da empresa em Guarulhos. Em agosto, o crescimento foi de mais de 130% na comparação ano a ano. Na base anual, os Assentos‐Quilômetros Oferecidos (ASK) da companhia aumentaram 30%, registrando o maior aumento de participação no mercado doméstico.
Para a Bradesco Corretora, a aceleração do crescimento das operações da Azul deve acontecer levando em conta a substituição das aeronaves E1 por E2 e A320neo.
“Além disso, a Azul pode se tornar o 4º membro de um acordo com a Copa, United Airlines e Avianca Holdings”, complementaram Victor Mizusaki e Flávia Meireles, analistas do banco.
Estimativas
A Azul estima um crescimento de oferta entre 14 e 16% em 2020, com o mercado doméstico impulsionado pela “introdução de mais assentos nos mercados atuais” ou pelo “aumento de frequência de voos”.
A companhia ainda vê possibilidade para potenciais melhoras nos próximos anos, uma vez que “o crescimento acelerado e uma renovação da frota mais rápida levaram a ineficiências”.
Recomendações
A ação da Azul é uma das favoritas da XP, que recomenda compra com preço-alvo de R$ 60 e potencial de valorização de 17,23%.
A recomendação da Bradesco Corretora também é de compra, com preço-alvo de R$ 78 para 2020. A valorização estimada em 12 meses é de 52,4%.