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Com balanço e aquisição da Onofre, RaiaDrogasil salta mais de 8% e lidera Ibovespa

27 fev 2019, 11:14 - atualizado em 27 fev 2019, 11:14

Por Investing.com

Após encerrar a sessão de ontem com forte valorização depois da notícia da aquisição a Onofre, as ações da Raia Drogasil (RADL3) abrem a quarta-feira com ganhos de 8,45% a R$ 66,09, liderando os ganhos do Ibovespa.

A companhia anunciou na noite de ontem que encerrou o quarto trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 121,53 milhões, o que representa queda de 9,43% em relação ao mesmo período de 2017.

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Já a receita líquida da companhia aumentou 14,16% de um ano para o outro, passando de R$ 3,5 bilhões para R$ 4 bilhões na mesma base de comparação. A rede encerrou 2018 com 1.825 unidades em operação (abertura de 240 lojas e 25 encerramentos) e aumento de 0,9 ponto percentual de participação de mercado no Brasil, para 12,9%.

A receita bruta de 2018 foi de R$ 15,5 bilhões, crescimento de 12,0% (2,7% para mesmas lojas no varejo), com margem de 28,6% da receita bruta, uma retração de 0,2 ponto percentual. Já o EBITDA foi de R$ 1.195,2 bilhão, margem de 7,7% e um crescimento de 5,7%.

Ontem, a companhia anunciou a compra da Onofre, controlada pela gigante americana do varejo farmacêutico CVS Health.

A Onofre tem hoje 50 lojas, 47 delas no estado de São Paulo, além de duas no Rio de Janeiro e uma em Minas Gerais, segundo comunicado da Raia Drigasil. Em 2018, atingiu receita bruta de R$ 479,4 milhões.

A CVS adquiriu o controle da rede Onofre em 2013, quando o varejo farmacêutico brasileiro passava por um momento de consolidação. Nos anos anteriores, o setor havia registrado fusões relevantes —entre Droga Raia e Drogasil, em agosto de 2011, e entre Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, semanas depois.

O BTG Pactual (BPAC11) destaca que, com RD sendo negociada em um exigente 37x P E 2019 e com problemas de concorrência e lucratividade, existe pouco espaço para ganhos no curto prazo. Apesar disso, os analistas entendem que a companhia é ainda a melhor no setor farmacêutico brasileiro, com bastante espaço para aumentar sua participação no fragmentado mercado farmacêutico.

Dessa forma, supondo que a abordagem de preço irracional do mercado chega ao fim no médio prazo, a equipe não vê a atual deterioração das margens persistir, dada a crescente escala e as iniciativas da RD para melhorar a produtividade, reforçando nossa visão positiva de longo prazo sobre o caso de investimento.

Na visão da Mirae Asset, o resultado foi ligeiramente mais fraco do que o esperado, mesmo ajustado. Com a compra da Onofre, a RD está eliminado uma concorrente, justamente no mercado em que mais vem sofrendo. A corretora espera por mais informações sobre a compra da Onofre e a expectativa para 2019 é de uma melhora de resultados, margens e vendas ao longo do ano. A recomendação segue de compra, com upside de 15,5%.