Com avanço nas investigações sobre rachadinha, Carlos Bolsonaro entra na mira da Justiça
As investigações sobre suspeita de rachadinhas no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) avançam no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), colocando o filho “zero dois” do ex-presidente Jair Bolsonaro na mira da Justiça.
Um laudo elaborado pelo MP-RJ mostra que o chefe de gabinete de Carlos, Jorge Luiz Fernandes, recebeu um total de R$ 2,014 milhões em créditos provenientes das contas de outros seis funcionários do gabinete. As informações foram reveladas pelo jornal O Globo.
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Segundo a publicação, Fernandes recebeu a quantia entre 2009 e 2018 através de 688 transações. A movimentação financeira é a prova mais consistente de que os servidores do gabinete de Carlos devolviam parte do seus salários — ou o valor integral — para o vereador, a chamada rachadinha.
Ainda segundo O Globo, o laudo apresentado pelo Ministério Público já é suficiente para imputar o crime de peculato ao chefe de Gabinete do filho “zero dois”. O que as autoridades estão investigando agora é se Carlos Bolsonaro participou ou não do esquema.
Já está comprovado, por exemplo, que Fernandes usou contas pessoais para pagar despesas de Carlos. Agora, a Justiça investiga se tais pagamentos aconteceram de forma regular ou esporádica.
Caso fique comprovado que os pagamento foram regulares, ficará provado também que Carlos se beneficiou diretamente do suposto esquema de rachadinhas em seu gabinete.