Grãos

Com avanço, greve nos portos argentinos entra de vez nos preços do complexo soja

18 dez 2020, 17:13 - atualizado em 18 dez 2020, 17:30
Argentina
Paralisação dos terminais portuários argentinos afeta a oferta do complexo soja (Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci)

Com oito dias de paralisação dos 22 portos argentinos de movimentação do agronegócio, a maioria fluviais, a greve dos trabalhadores dos terminais graneleiros sai um pouco da zona de especulação em Chicago e vira fundamento. O volume do complexo soja represado já pode representar escassez nos seus principais destinos e valoriza as cotações.

A imprensa da Argentina falou nesta sexta em cerca de 2 milhões de toneladas de farelo e mais de 500 mil de óleo. Grão in natura tem muito pouco sobrando, como o Brasil.

Como a greve afeta as operações em geral, na esteira do atraso, embarques de outros produtos são afetados. Também a recepção de cereais é prejudicada, uma vez que a cabotagem pelos rios Paraná e Uruguai corta zonas produtoras.

Cerca de pouco mais de 5 milhões de toneladas estariam aguardando, somando milho, trigo e cevada, para mais de 130 navios carregados, mas que não puderam zarpar, ou fundeados.

O óleo de soja subiu mais de 2% esta semana na CBOT, fechando a sexta (18) em mais 0,40%, 18 pontos, indo a 40.11 cents a libra, no contrato com vencimento em janeiro.

O farelo foi a mais 1,53%, a US$ 404 a tonelada.